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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, outubro 03, 2011

TECONOLOGIA MILITAR GAÚCHA NO AR

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A gaúcha AEL Sistemas é uma das maiores beneficiadas pelo renascimento da indústria militar brasileira. Além de garantir componentes para os caças F-5 e os aviões militares ALX e AMX, da Embraer, a empresa vai fornecer 216 torretas não tripuladas para os blindados Guarani, que serão fabricados pela montadora Iveco em Minas Gerais.
As estruturas, equipadas com canhões de 30 milímetros e metralhadoras .762, permitem que os ocupantes dos veículos monitorem as incursões de ataque de dentro do tanque, com absoluta segurança.
– Temos vários contratos em andamento, que envolvem valores importantes. Nos últimos dois anos, dobramos de tamanho a cada exercício e, neste ano, projetamos crescer 35% – informa o vice-presidente de operações da AEL Sistemas, Vítor Neves.
A empresa, que faz parte do grupo israelense Elbit desde 2009, participa de praticamente todos os projetos importantes em desenvolvimento no país. Especializada em aviônica, a AEL será fornecedora da Embraer na fabricação do KC 390 e tem pré-acordos técnicos com as três empresas selecionadas para fornecer 36 caças à Força aérea Brasileira (FAB), com vistas à transferência de tecnologia. Também está envolvida na modernização dos helicópteros Esquilo, que está em desenvolvimento com a francesa Fagen. Com a Helibrás, a AEL tem contrato para fornecimento de displays e telas para a fabricação dos 50 helicópteros
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EC725 (foto acima e abaixo) adquiridos pelas Forças Armadas.
A Digicon também aproveita o bom momento da indústria bélica para turbinar seus negócios na área de defesa, que hoje representam menos de 5% do faturamento da companhia. A meta é chegar a R$ 6 milhões de receita em médio prazo.
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– Enxergamos como um negócio bastante promissor para o futuro – afirma Luiz Duarte, gerente de manufatura da Digicon Componentes Aeronáuticos.



Fonte: Zero Hora
*militânciaviva

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