Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, outubro 14, 2011

Turma do mensalão do DEM infiltrada na "marcha contra corrupção" de Brasília

  Em primeira-mão no Blog Os Amigos do Presidente Lula em 14/10/2011 as 11:31hs  

O ex-senador pelo DEM do Distrito Federal, Adelmir Santana, está apoiando a "marcha contra a corrupção" em Brasília:

http://www.senacdf.com.br/portal/index.php/clipping/516-sistema-fecomercio-df-contra-a-corrupcao

Adelmir Santana e o companheiro de partido José Roberto Arruda, antes do Mensalão do DEM vir a público

Ele assumiu o senado em 2007, na suplência de Paulo Octávio (ex-DEMos/DF), quando este foi eleito vice-governador de José Roberto Arruda (ex-DEMos-DF). Arruda e Octávio renunciaram para não serem cassados, devido ao Mensalão do DEM.

Adelmir Santana também foi um dos beneficiados dos chamados atos secretos do Senado.

Em 2010, após a operação Caixa de Pandora da Polícia Federal, Santana concorreu a deputado federal, mas perdeu, ficando com a segunda suplência.

Agora ele é presidente da FECOMÉRCIO-DF (Federação do Comércio, ou seja, dos sindicatos dos donos de empresas do comércio), e está dando apoio à "marcha contra a corrupção".

Bem que eu achei que tinha "panetone" demais na infra-estrutura da marcha em Brasília, para o cacife de internautas "apartidários".
Adelmir Santana, Joaquim Roriz e José Roberto Arruda, quando eram todos aliados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário