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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, outubro 16, 2011

Vídeo da ESPN: Orlando Silva acionou a PF para o tira-teima com a revista Veja



O Ministro do Esporte, Orlando Silva, concedeu entrevista à ESPN dizendo que acionou a Polícia Federal para colocar as denúncias da revista Veja, contra si, em pratos limpos.

Agora é hora do tira-teima: quem estiver mentindo cai.

O ministro diz que a reportagem da Veja é uma farsa e que a fonte que faz as denúncias é um bandido, um criminoso que já foi preso (Operação Shaolin).

Disse que vai processar todos que caluniariam, e que acionou a Polícia Federal para apurar todo o conteúdo publicado na revista contra ele mesmo.

Que pena que o governador Geraldo Alckmin (PSDB/SP) não faça o mesmo com a venda de emendas na Assembléia Legislativa de São Paulo.

Alckmin se esconde, não dá entrevista, não dá satisfação, não aciona a Polícia, e só trata de abafar para proteger os deputados de seus partidos aliados acusados de suborno pela venda de emendas.

Na mosca: Como previmos aqui, o Jornal Nacional da TV Globo, repercutiu em mais de 4 minutos. Uma vingança porque o ministro está prestigiando os jogos Pan-Americanos, cobertos pela TV Record, emissora que venceu a Globo na disputa pelos direitos de transmissão dos jogos.

O Jornal Nacional (que nunca divulgou as denúncias documentadas contra Ricardo Teixeira da CBF), deu destaque à esta "notícia" de outra publicação de baixa credibilidade, sem provas, sem gravação, sem denúncia do Ministério Público, nem de autoridade oficial nenhuma, tudo baseado na palavra de um contra o outro, e sem nem mesmo entrevistar o suposto denunciante.

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