Covardia nazi-sionista de ferver o sangue: besta chuta criança de 9 anos já dominada por outra besta
Via CartaCapital
Israel vai investigar vídeo em que soldado chuta criança de 9 anos
Soldado segura garoto de 9 anos antes de ele ser chutado por outro policial. Foto: Reprodução
A
Polícia da Fronteira de Israel iniciou uma investigação contra um
policial filmado na última sexta-feira 29 dando um chute em uma criança
de apenas nove anos, em Hebron, na Cisjordânia, enquanto um outro
policial a segurava. O vídeo, divulgado pela ONG israelense B’Tselem, se
tornou público nesta segunda-feira 2 e mostra, além de um gravíssimo
episódio de violação de direitos, o efeito deletério que a ocupação
israelense sobre terras palestinas produz.
De
acordo com a B’Tselem, um voluntário da ONG fez a filmagem quando
observou um policial uniformizado e armado com um fuzil montando uma
“tocaia” para segurar o garoto. Identificado como Abd al-Rahman Burkan,
de 9 anos, o garoto estaria jogando pedras contra os policiais. O vídeo,
de cerca de dois minutos, mostra Abd andando em um beco quando é
agarrado pelo policial que estava de tocaia. Abd começa a chorar e o
policial, que o segurava pelo braço, questiona: “Por que você está
criando problemas?”. Em seguida, um segundo policial surge e dá um forte
chute na criança. O primeiro policial solta o garoto, que foge, e cada
um dos policiais vai para uma direção diferente.
A B’Tselem prometeu entrar com uma ação contra os dois homens. Em resposta enviada ao jornal Haaretz,
o comando da Polícia da Fronteira de Israel lamentou o comportamento
dos policiais e afirmou que as ações “contrastam com os valores da
força”. O incidente, “raro” segundo a polícia, “não representa as ações
da Polícia de Fronteira” e será investigado imediatamente.
A
investigação interna servirá para punir os dois policiais, o que é
importante, mas ao mesmo tempo ínfimo diante do pano de fundo trágico
que está por trás do episódio. O chute contra o garoto ocorreu em
Hebron, cidade majoritariamente palestina e que está dentro da
Cisjordânia. A administração da cidade é dividida entre Israel e a
Autoridade Palestina. A AP controla a área maior, de maioria palestina, e
Israel administra um quadrante onde há grande comunidade judaica.
Forças
do Estado israelense estão em Hebron para proteger cerca de 90 famílias
judias que se consideram as protetoras da chamada Tumba do Patriarcas,
onde estaria enterrado Abraão. É o segundo lugar mais sagrado para os
judeus (depois de Jerusalém), mas também reverenciado pelos muçulmanos. A
maior parte dos policiais e soldados israelenses, como este que chutou a
criança, vive sob a enorme pressão de conviver com uma população
extremamente hostil e proteger uma maioria de fanáticos religioso,
enquanto as crianças palestinas, como Abd, de 9 anos, criadas num
ambiente quase sempre de pobreza, violência e culto ao ódio contra
Israel, têm como única imagem dos vizinhos os soldados, que muitas vezes
agem de forma truculenta.
Assim, não só em
Hebron, mas em todos os lugares onde há assentamentos judeus sobre
terras palestinas, israelenses e palestinos têm convivido todos os dias
nas últimas décadas. Não é preciso muito para entender que este é um
enorme impedimento para a conquista da paz.
*GilsonSampaio
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