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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, julho 08, 2012

Educação especial em Cuba: uma tarefa de amor infinito (+ Video)



Quase 200 delegados de Angola, Argentina, México, Costa Rica, Colombia, Venezuela e Puerto Rico, vão participar desde o 9 até o 13 de Julho em duas conferências educacionais organizadas em Cuba: o Congresso Internacional de Educação e Educação especial, e o X Encontro Internacional de Educação Inicial e pré-escolar.
O debate principal vai ser a inclusão de pessoas que precisam de educação especial. Os principais temas do Congresso incluem o processo de diagnóstico dos alunos com necessidades educativas especiais, atenção a crianças com problemas generalizados na aprendizagem e o suporte que a tecnologia pode oferecer para as pessoas com deficiências.
Os delegados podem discutir a inclusão e a atenção educacional do ensino de crianças com retardo mental, cegueira, baixa visão, surdez, autismo e limitações fisico-motoras e deficiências na comunicação.
Como um complemento para as sessões teóricas os delegados vão visitar cerca de 14 escolas da capital cubana, seis no ensino fundamental nas quais estão integradas crianças com necessidades educativas especiais. Alem disso Vão a assistir a uma exposição dos principais resultados da educação especial cubana, que comemorou 50 anos de existência em Janeiro passado.
Mais acerca de o Congresso AQUI
Mais acerca da Educação Especial em, Cuba AQUI
*Solidários

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