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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, julho 22, 2012

Kassab recebe título de pior prefeito das capitais

Por: Eliseu 
KassabMuito apropriado aquele ditado popular que diz que, “a voz do povo é a voz de Deus”. Mais uma vez ficou provado que está certíssimo.
O higienista prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, PSD, ex-DEMo, que é ex-PFL, também dissidência do PDS, ex-ARENA, o partido da ditadura militar, e compadre do tucano José Serra, foi considerado o pior prefeito das seis principais capitais do país pelo insuspeito Datafolha, pesquisa essa encomendada pelos também insuspeitos representantes do PIG, a TV Globo e o jornal ultraconservador Folha de São Paulo. Numa escala de 0 a 10, Kassab obteve a vergonhosa nota de 4,4.
Gilberto Kassab também é o último colocado na avaliação dos seis governos municipais como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo. O levantamento registrou também que um grande número de paulistanos, 20%, certamente burgueses como ele consideram o seu desempenho como ótimo ou bom. Outros 39% consideraram a administração como ruim ou péssima.
O título de pior prefeito cabe como uma luva ao prefeito da cidade que se chover por 5 minutos alaga tudo (e a culpa é de São Pedro e não da falta de investimento em infraestrutura); os congestionamentos urbanos “normais” são da ordem de 160 km; persegue quem trabalha; desapropria terrenos que lhe interessam e joga os moradores na rua como se nada fossem; diz que para ser cidadão e morar em São Paulo tem que ter dinheiro, e outras “coisitas” corruptas mais.
E o mais preocupante é que seu compadre, o tucano José Serra, que todos brasileiros - menos boa parte dos paulistanos - conhecem por suas mentiras e não cumprir o que promete, continua bem colocado nas pesquisas de intenção de voto para prefeito.
*Ocarcará

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