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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, julho 04, 2012

MAIOR OBRA DO PSDB: ALIANÇA COM O SUBMUNDO DA ESPIONAGEM E, DEPOIS DE 20 ANOS EM SÃO PAULO, A CIDADE VIVE O TERROR DO PCC

 

 


Cachoeira prestou serviços ao PSDB contra Lula
A moeda tucana foi jogada para cima. De um lado, ela mostra o submundo da associação com Carlinhos Cachoeira para derrotar o ex-presidente Lula.
Do outro lado, mostra que o Estado de São Paulo e a capital paulista, administrados (!!!) pelo PSDB/DEM há 20 anos, vive um estado de terror com 17 ônibus incendiados, postos da polícia atacados e dezenas de policiais mortos por traficantes.
Esses dois lados da mesma moeda tucana são inseparáveis. Isso é o que se transformou um partido político que sonhou ser social-democrata e se transformou em um partido de ultra-direita com métodos fascistas de fazer política.
E a utilização desses métodos só foi possível porque é acobertado pela grande mídia (Globo, Estadão, Folha, Abril, etc). Até essa revelação de hoje da associação com Cachoeira não apareceu nos jornais.
Mesmo assim, o partido não resiste e se desfaz a cada eleição, assim como o DEM. Politicamente, talvez o crime não compense por muitos anos a fio. Basta uma CPI.

Veja abaixo as duas notícias:

Crimes, que já duram 20 dias, deixam profissionais da capital em tensão; há uma semana, a ViaSul tirou sete linhas de circulação para evitar novos ataques

*EducaçãoPolítica

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