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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, julho 14, 2012

Oito detidos e 76 feridos na repressão contra manifestantes em Madrid.


A Globo, a Folha de SP, O Estadão não vão noticiar, imagens que revoltam e imagens que comovem.

                      "Las abuelas", provavelmente, sabem que a Guerra Civíl Espanhola, de triste lembrança começou com os 
                          mineiros de Astúrias. 



reproduzido do http://ecorepublicano.blogspot.com.es

Ocho detenidos y 76 heridos en la carga contra los mineros

La manifestación de los trabajadores del carbón ha terminado con una carga policial frente al Ministerio de Industria. Los incidentes han empezado cuando algunos manifestantes han lanzado petardos a los agentes que pretendían disolver la marcha. La Policía ha respondido disparando pelotas de goma a los manifestantes. Los incidentes se han producido en el Paseo de la Castellana y en los alrededores del estadio Santiago Bernabéu. Ha habido disturbios en la entrada del campo, donde aparcan los autobuses. Los manifestantes han respondido a los agentes lanzando piedras y adoquines que habían arrancado previamente del suelo.


Los incidentes han terminado con ocho detenidos, según la Jefatura Superior de Policía de Madrid. Desde Emergencias dan la cifra de 76 heridos atendidos por ellos. En los disturbios había mucha gente mayor y miembros de sindicatos, la mayoría asturianos y mineros. 
La manifestación en apoyo a la minería del carbón, convocada por los sindicatos, y precedida por la columna de 200 mineros de Asturias, Castilla y León, Castilla La Mancha, Andalucía y Aragón, ha arrancado pacíficamente pasadas las 11.00 horas desde la madrileña Plaza de Colón con destino a la sede del Ministerio de Industria. La marcha, en la que se han congregado miles de personas, ha comenzado con grandes explosiones de petardos y un fuerte olor a pólvora.
También se han sumado a la protesta mineros de Portugal, con una pancarta propia, además de grupos de apoyo de todas las comunidades autonómas, sobre todo, trabajadores extremeños, andaluces y gallegos. 
Al frente de la manifestación se ha colocado la columna de mineros, que se ha desplazado a pie desde las comarcas mineras hasta Madrid, y tras ellos se puede ver a los secretarios generales de UGT y CCOO, Cándido Méndez e Ignacio Toxo, respectivamente, así como a los responsables de minería de estos sindicatos y los secretarios generales de los sindicatos en Asturias, Aragón y Castilla y León.
También se han sumado a la manifestación los alcaldes de la cuencas mineras asturianas, que han estado encerrados tres días en sus ayuntamientos, mientras que continúan su encierro los trabajadores de las minas de varias comunidades mineras.
Los mineros piden que se cumplan los acuerdos y no se recorten las ayudas al sector del carbón.
En la imagen se puede ver a una periodista de El Aguijón herida tras recibir el golpe de una de las pelotas lanzadas por la Policía, según publica en su cuenta de Twitter Noemí Hernández, locutora de RNE.

Fuente y Fotografías: www.publico.es

*Brasilmobilizado

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