Olho gordo do mundo: AQUÍFERO ALTER DO CHÃO OU AQUÍFERO GRANDE AMAZÔNIA
Via Pátria Latina
Pedro da Veiga.blogspot.c
Se comparado com o Guarani, por exemplo, ele tem em torno de 45 mil quilômetros cúbicos. (Milton Mata)
Cel R/1 Eng Hiram Reis e Silva
Engenheiro
Adital
Rio Hamza ou Aquífero Alter do Chão?
Isso representa um volume de água de 86 mil quilômetros cúbicos.
Se comparado com o Guarani, por exemplo, ele tem em torno de 45 mil quilômetros cúbicos. (Milton Mata)
Não
existe outro lugar, no planeta Terra, onde o manancial de águas
subterrâneas seja tão abundante quanto o Aquífero de Alter do Chão. O
imenso Lago de água potável se estende sob a igualmente gigantesca bacia
do Rio Amazonas. Alter do Chão ocupa, a partir de agora, o lugar
daquele que era então o maior Aquífero do mundo – o Guarani – que se
estende pela Argentina, Paraguai e Uruguai. A capacidade de Alter do
Chão ainda não foi devidamente estabelecida, mas dados preliminares
apontam para uma área de 437.500 km² e uma espessura média de 545 metros
com um volume estimado de 86 mil km³ de água doce, suficiente para
abastecer 100 vezes toda a população mundial.
Aquífero Alter do Chão ou Aquífero Grande Amazônia
Pesquisadores
da Universidade Federal do Pará (UFPA) apresentaram, no dia 16 de maio
de 2010, um estudo apontando o Aquífero Alter do Chão como o de maior
volume de água potável do mundo. O Grupo de Pesquisa em Recursos
Hídricos da UFPA é integrado pelos professores Francisco Matos, André
Montenegro e ainda pelos pesquisadores Milton Matta (UFPA), Mário
Ribeiro (UFPA) e Itabaraci Nazareno (Universidade Federal do Ceará/UFC).
A reserva subterrânea está localizada no subsolo dos Estados do
Amazonas, Pará e Amapá. O Aquífero de Alter do Chão tem quase o dobro do
volume de água potável que o Aquífero Guarani. Uma grande vantagem do
Aquífero de Alter sobre o Guarani é que este último está sob a rocha
enquanto o da Amazônia tem terreno arenoso. A chuva penetra com
facilidade no solo e a areia funciona como filtro natural. Perfurar o
solo arenoso é fácil e barato. Levantamentos futuros poderão determinar
que o Aquífero é ainda maior do que o estimado inicialmente. O geólogo
da UFPA Milton Matta afirma:
Os estudos que
temos são preliminares, mas há indicativos suficientes para dizer que se
trata do maior aquífero do mundo, já que está sob a maior bacia
hidrográfica do mundo, que é a do Amazonas/Solimões. O que nos resta
agora é convencer toda a cadeia científica do que estamos falando.
O
nome de Aquífero Alter do Chão pode vir a ser alterado tendo em vista
ter o mesmo nome de um dos lugares turísticos mais importantes do Estado
do Pará, o que costuma provocar enganos sobre a localização da reserva
de água.
Estamos propondo que passe a se chamar
Aquífero Grande Amazônia e assim teria uma visibilidade comercial mais
interessante. (Milton Matta)
A segunda etapa do levantamento pretende inspecionar poços já existentes na região do aquífero.
Pretendemos
avaliar o potencial de vazão. Dessa maneira teremos como mensurar a
capacidade de abastecimento da reserva e calcular a melhor forma de
exploração da água, de maneira que o meio ambiente não seja
comprometido. (Milton Matta)
Marco Antônio
Oliveira, Superintendente do Serviço Geológico do Brasil, em Manaus,
afirma que a magnitude de um Aquífero é proporcional ao tamanho de sua
Bacia Hidrográfica. O Aquífero Alter do Chão abastece de água mais de
40% da Cidade de Manaus, são dez mil poços particulares e 130 da rede
pública. O abastecimento de outras cidades do Estado do Amazonas é
bombeado, na sua totalidade, da reserva subterrânea. A da Cidade de São
Paulo baseia 30% de seu abastecimento nas águas do Aquífero Guarani.
Marco Antônio Oliveira disse que a reserva de água, no entorno de
Manaus, está muito contaminada.
É onde o
aquífero aflora e também onde a coleta de esgoto é insuficiente. Ainda é
alto o volume de emissão de esgoto "in natura” nos Igarapés da região.
(Marco Antônio Oliveira)
Marco Antônio Oliveira
faz uma ressalva sobre a exploração comercial da água no Aquífero Alter
do Chão ressaltando a necessidade de se construir um planejamento
estratégico de âmbito nacional.
A água dessa
reserva é potável, o que demanda menos tratamento químico. Por outro
lado, a médio e longo prazo, a exploração mais interessante é da água
dos Rios, pois a recuperação desta reserva é mais rápida. A vazão do Rio
Amazonas é de 200 mil m³/segundo. É muita água. Já nas reservas
subterrâneas, a recarga é muito mais lenta. (Marco Antônio Oliveira)
O Superintendente do Serviço Geológico do Brasil enfatiza a qualidade da água extraída do Aquifero Alter do Chão.
A
região amazônica é menos habitada e por isso menos poluente. No
Guarani, há um problema sério de flúor, metais pesados e inseticidas
usados na agricultura. A formação rochosa é diferente e filtra menos a
água da superfície. No Alter do Chão as rochas são mais arenosas, o que
permite uma filtragem da recarga de água na reserva subterrânea. (Marco
Antônio Oliveira)
Rio Hamza
Pesquisadores
apresentam indícios da existência de um colossal Rio subterrâneo, o
maior do mundo, fluindo sob o Rio Amazonas, cujas águas avançam, em
direção ao Atlântico, a uma velocidade aproximada de 10 a 100 metros por
ano.
Valiya Mannathal Hamza
O
doutor Hamza nasceu na Índia, no dia 15 de junho de 1941, mora no
Brasil há trinta e sete anos e há dezesseis trabalha como geofísico do
Observatório Nacional. O indiano naturalizado brasileiro foi selecionado
pela Sociedade Geológica Americana (GSA), como um dos melhores
revisores de artigos científicos, em 2009.
A
Revista Litosfera, por sua vez, o considera como um dos cinco melhores
revisores do mundo, o único brasileiro a fazer parte da seleta lista. A
GSA, fundada em 1888, tem mais de 22.000 membros em 97 países e é líder
em Geociência avançada. Hamza possui graduação em Física – Universidade
de Kerala (1962), mestrado em Física Aplicada – Universidade de Kerala
(1964) e doutorado em Geofísica – University of Western Ontário (1973).
Teve atuação como Professor do IAG–USP, Pesquisador do IPT, Secretário
da Comissão Internacional de Fluxo Térmico – IHFC e membro do Comitê
Executivo da Associação Internacional da Sismologia e Física do Interior
da Terra – IASPEI. Eleito, em 2007, como Representante Sul–Americano na
Comissão Internacional de Fluxo Térmico IHFC. Possui ampla experiência
na área de Geociências, com destaque nas áreas de Geotermia e Fluxo
Térmico, atuando principalmente nos seguintes setores: fluxo geotérmico,
energia geotérmica, recursos geotermais, tectonofísica, mudanças
climáticas recentes, geofísica ambiental, sismicidade, propriedades
térmicas de materiais geológicos, ensino superior. Ministrou mais de 30
cursos de pós-graduação em Geofísica. Atualmente, é responsável pelo
Laboratório de Geotermia da Coordenação de Geofísica do Observatório
Nacional no Rio de Janeiro. É consultor de quatro revistas
internacionais e publicou mais que 100 trabalhos científicos.
Rio Hamza
A
linha de água permanece subterrânea desde sua nascente, só que não tão
distante da superfície. Tanto que temos relatos de povoados daquele
país, instalados na região de Cuzco, que utilizam este Rio para
agricultura. Eles sabem desse fluxo debaixo de terrenos áridos e por
isso fazem escavações para poços ou mesmo plantações. (Valiya Mannathal
Hamza).
Pesquisadores do Observatório Nacional
divulgaram, neste mês, uma nova teoria, no 12° Congresso Internacional
da Sociedade Brasileira de Geofísica, no Rio de Janeiro, que revela
indícios da existência não de um aquífero, mas de um Rio subterrâneo
correndo sob o Rio Amazonas, desde os Andes até o Oceano Atlântico, a
uma profundidade que pode chegar aos 4 mil metros. A pesquisa faz parte
do trabalho de doutorado da geofísica Elizabeth Tavares Pimentel,
orientada pelo Doutor Valiya Mannathal Hamza. Pimentel é coordenadora do
curso de Ciências: Matemática e Física do Instituto de Educação,
Agricultura e Meio Ambiente de Humaitá, AM.
A
temperatura no solo é de 24 graus Celsius constantes. Entretanto, quando
ocorre a entrada da água, há uma queda de até 5 graus Celsius. Foi a
partir deste ponto que começamos a desenvolver nosso estudo. Este pode
ser o maior Rio subterrâneo do mundo. (Valiya Mannathal Hamza)
Os
cientistas analisaram as informações térmicas de 241 poços perfurados,
na década de 1970 e 1980, pela PETROBRAS. A metodologia baseia-se na
identificação de sutis variações de temperatura decorrentes dos
movimentos de fluídos em meios porosos. Graças às informações fornecidas
pela PETROBRAS, os cientistas concluíram que a água cai na vertical até
os 2.000 metros de profundidade e depois se torna quase horizontal em
profundidades maiores.
Vamos continuar nossa
pesquisa porque nossa base de dados precisa ser melhorada. A partir de
setembro, vamos buscar informações sobre a temperatura no interior
terrestre em Manaus e em Rondônia. Assim vamos determinar a velocidade
exata do curso da água. (Valiya Mannathal Hamza)
Enquanto
a largura do Rio Amazonas de 1,6 quilômetros a quase 100 km, na área
pesquisada, o Hamza varia de 200 a 400 quilômetros. A velocidade da água
no Rio Amazonas varia de 0,1 a 2 metros por segundo e as águas do Hamza
avançam, no máximo, 100 metros por ano. Embora esse valor possa ser
considerado pequeno em relação à formidável vazão do Amazonas, ele
indica a existência de um sistema hidráulico subterrâneo sem
precedentes. Para que se possa aquilatar a importância deste sistema,
basta lembrar que sua vazão subterrânea é superior à vazão média do Rio
São Francisco. A vazão do Hamza é estimada em 3,1 mil m³/s enquanto a do
Rio São Francisco é de 2,7 mil m³/s.
Aquífero?
A
água do Hamza segue até 150 km dentro do Atlântico e diminui os níveis
de salinidade do mar. É possível identificar este fenômeno devido aos
sedimentos que são encontrados na água, característicos de água doce,
além da vida marinha existente, com peixes que não sobreviveriam em
ambiente de água salgada. (Valiya Mannathal Hamza)
O doutor Hamza afirma categoricamente:
Não
é um aquífero, que é uma reserva de água sem movimentação. Nós
percebemos movimentação de água, ainda que lenta, pelos sedimentos.
Discordo,
frontalmente, da afirmação do Dr. Valiya Mannathal Hamza no que se
refere à baixa salinidade observada na Foz do Amazonas. Esta não deve
ser creditada ao Hamza mas, fundamentalmente, à vazão do formidável
Amazonas que lhe é sessenta e cinco vezes maior.
Pouco
mais de um ano depois de o Grupo de Pesquisa em Recursos Hídricos da
UFPA ter apresentado a tese do Aquífero Alter do Chão, surge a nova e
revolucionária teoria do Rio Hamza. Em ambos os casos, é necessário um
planejamento estratégico para a exploração comercial dessas águas.
A Selva nos Une!!!
A Amazônia nos Pertence!!!
Tudo Pela Amazônia!!!
SELVA!!!
*GilsonaSampaio
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