Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, julho 21, 2012

Olho gordo do mundo: AQUÍFERO ALTER DO CHÃO OU AQUÍFERO GRANDE AMAZÔNIA

Pedro da Veiga.blogspot.c

Se comparado com o Guarani, por exemplo, ele tem em torno de 45 mil quilômetros cúbicos. (Milton Mata)
Cel R/1 Eng Hiram Reis e Silva
Engenheiro
Adital
Rio Hamza ou Aquífero Alter do Chão?
Isso representa um volume de água de 86 mil quilômetros cúbicos.
Se comparado com o Guarani, por exemplo, ele tem em torno de 45 mil quilômetros cúbicos. (Milton Mata)
Não existe outro lugar, no planeta Terra, onde o manancial de águas subterrâneas seja tão abundante quanto o Aquífero de Alter do Chão. O imenso Lago de água potável se estende sob a igualmente gigantesca bacia do Rio Amazonas. Alter do Chão ocupa, a partir de agora, o lugar daquele que era então o maior Aquífero do mundo – o Guarani – que se estende pela Argentina, Paraguai e Uruguai. A capacidade de Alter do Chão ainda não foi devidamente estabelecida, mas dados preliminares apontam para uma área de 437.500 km² e uma espessura média de 545 metros com um volume estimado de 86 mil km³ de água doce, suficiente para abastecer 100 vezes toda a população mundial.
Aquífero Alter do Chão ou Aquífero Grande Amazônia
Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) apresentaram, no dia 16 de maio de 2010, um estudo apontando o Aquífero Alter do Chão como o de maior volume de água potável do mundo. O Grupo de Pesquisa em Recursos Hídricos da UFPA é integrado pelos professores Francisco Matos, André Montenegro e ainda pelos pesquisadores Milton Matta (UFPA), Mário Ribeiro (UFPA) e Itabaraci Nazareno (Universidade Federal do Ceará/UFC). A reserva subterrânea está localizada no subsolo dos Estados do Amazonas, Pará e Amapá. O Aquífero de Alter do Chão tem quase o dobro do volume de água potável que o Aquífero Guarani. Uma grande vantagem do Aquífero de Alter sobre o Guarani é que este último está sob a rocha enquanto o da Amazônia tem terreno arenoso. A chuva penetra com facilidade no solo e a areia funciona como filtro natural. Perfurar o solo arenoso é fácil e barato. Levantamentos futuros poderão determinar que o Aquífero é ainda maior do que o estimado inicialmente. O geólogo da UFPA Milton Matta afirma:
Os estudos que temos são preliminares, mas há indicativos suficientes para dizer que se trata do maior aquífero do mundo, já que está sob a maior bacia hidrográfica do mundo, que é a do Amazonas/Solimões. O que nos resta agora é convencer toda a cadeia científica do que estamos falando.
O nome de Aquífero Alter do Chão pode vir a ser alterado tendo em vista ter o mesmo nome de um dos lugares turísticos mais importantes do Estado do Pará, o que costuma provocar enganos sobre a localização da reserva de água.
Estamos propondo que passe a se chamar Aquífero Grande Amazônia e assim teria uma visibilidade comercial mais interessante. (Milton Matta)
A segunda etapa do levantamento pretende inspecionar poços já existentes na região do aquífero.
Pretendemos avaliar o potencial de vazão. Dessa maneira teremos como mensurar a capacidade de abastecimento da reserva e calcular a melhor forma de exploração da água, de maneira que o meio ambiente não seja comprometido. (Milton Matta)
Marco Antônio Oliveira, Superintendente do Serviço Geológico do Brasil, em Manaus, afirma que a magnitude de um Aquífero é proporcional ao tamanho de sua Bacia Hidrográfica. O Aquífero Alter do Chão abastece de água mais de 40% da Cidade de Manaus, são dez mil poços particulares e 130 da rede pública. O abastecimento de outras cidades do Estado do Amazonas é bombeado, na sua totalidade, da reserva subterrânea. A da Cidade de São Paulo baseia 30% de seu abastecimento nas águas do Aquífero Guarani. Marco Antônio Oliveira disse que a reserva de água, no entorno de Manaus, está muito contaminada.
É onde o aquífero aflora e também onde a coleta de esgoto é insuficiente. Ainda é alto o volume de emissão de esgoto "in natura” nos Igarapés da região. (Marco Antônio Oliveira)
Marco Antônio Oliveira faz uma ressalva sobre a exploração comercial da água no Aquífero Alter do Chão ressaltando a necessidade de se construir um planejamento estratégico de âmbito nacional.
A água dessa reserva é potável, o que demanda menos tratamento químico. Por outro lado, a médio e longo prazo, a exploração mais interessante é da água dos Rios, pois a recuperação desta reserva é mais rápida. A vazão do Rio Amazonas é de 200 mil m³/segundo. É muita água. Já nas reservas subterrâneas, a recarga é muito mais lenta. (Marco Antônio Oliveira)
O Superintendente do Serviço Geológico do Brasil enfatiza a qualidade da água extraída do Aquifero Alter do Chão.
A região amazônica é menos habitada e por isso menos poluente. No Guarani, há um problema sério de flúor, metais pesados e inseticidas usados na agricultura. A formação rochosa é diferente e filtra menos a água da superfície. No Alter do Chão as rochas são mais arenosas, o que permite uma filtragem da recarga de água na reserva subterrânea. (Marco Antônio Oliveira)
Rio Hamza
Pesquisadores apresentam indícios da existência de um colossal Rio subterrâneo, o maior do mundo, fluindo sob o Rio Amazonas, cujas águas avançam, em direção ao Atlântico, a uma velocidade aproximada de 10 a 100 metros por ano.
Valiya Mannathal Hamza
O doutor Hamza nasceu na Índia, no dia 15 de junho de 1941, mora no Brasil há trinta e sete anos e há dezesseis trabalha como geofísico do Observatório Nacional. O indiano naturalizado brasileiro foi selecionado pela Sociedade Geológica Americana (GSA), como um dos melhores revisores de artigos científicos, em 2009.
A Revista Litosfera, por sua vez, o considera como um dos cinco melhores revisores do mundo, o único brasileiro a fazer parte da seleta lista. A GSA, fundada em 1888, tem mais de 22.000 membros em 97 países e é líder em Geociência avançada. Hamza possui graduação em Física – Universidade de Kerala (1962), mestrado em Física Aplicada – Universidade de Kerala (1964) e doutorado em Geofísica – University of Western Ontário (1973). Teve atuação como Professor do IAG–USP, Pesquisador do IPT, Secretário da Comissão Internacional de Fluxo Térmico – IHFC e membro do Comitê Executivo da Associação Internacional da Sismologia e Física do Interior da Terra – IASPEI. Eleito, em 2007, como Representante Sul–Americano na Comissão Internacional de Fluxo Térmico IHFC. Possui ampla experiência na área de Geociências, com destaque nas áreas de Geotermia e Fluxo Térmico, atuando principalmente nos seguintes setores: fluxo geotérmico, energia geotérmica, recursos geotermais, tectonofísica, mudanças climáticas recentes, geofísica ambiental, sismicidade, propriedades térmicas de materiais geológicos, ensino superior. Ministrou mais de 30 cursos de pós-graduação em Geofísica. Atualmente, é responsável pelo Laboratório de Geotermia da Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional no Rio de Janeiro. É consultor de quatro revistas internacionais e publicou mais que 100 trabalhos científicos.
Rio Hamza
A linha de água permanece subterrânea desde sua nascente, só que não tão distante da superfície. Tanto que temos relatos de povoados daquele país, instalados na região de Cuzco, que utilizam este Rio para agricultura. Eles sabem desse fluxo debaixo de terrenos áridos e por isso fazem escavações para poços ou mesmo plantações. (Valiya Mannathal Hamza).
Pesquisadores do Observatório Nacional divulgaram, neste mês, uma nova teoria, no 12° Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica, no Rio de Janeiro, que revela indícios da existência não de um aquífero, mas de um Rio subterrâneo correndo sob o Rio Amazonas, desde os Andes até o Oceano Atlântico, a uma profundidade que pode chegar aos 4 mil metros. A pesquisa faz parte do trabalho de doutorado da geofísica Elizabeth Tavares Pimentel, orientada pelo Doutor Valiya Mannathal Hamza. Pimentel é coordenadora do curso de Ciências: Matemática e Física do Instituto de Educação, Agricultura e Meio Ambiente de Humaitá, AM.
A temperatura no solo é de 24 graus Celsius constantes. Entretanto, quando ocorre a entrada da água, há uma queda de até 5 graus Celsius. Foi a partir deste ponto que começamos a desenvolver nosso estudo. Este pode ser o maior Rio subterrâneo do mundo. (Valiya Mannathal Hamza)
Os cientistas analisaram as informações térmicas de 241 poços perfurados, na década de 1970 e 1980, pela PETROBRAS. A metodologia baseia-se na identificação de sutis variações de temperatura decorrentes dos movimentos de fluídos em meios porosos. Graças às informações fornecidas pela PETROBRAS, os cientistas concluíram que a água cai na vertical até os 2.000 metros de profundidade e depois se torna quase horizontal em profundidades maiores.
Vamos continuar nossa pesquisa porque nossa base de dados precisa ser melhorada. A partir de setembro, vamos buscar informações sobre a temperatura no interior terrestre em Manaus e em Rondônia. Assim vamos determinar a velocidade exata do curso da água. (Valiya Mannathal Hamza)
Enquanto a largura do Rio Amazonas de 1,6 quilômetros a quase 100 km, na área pesquisada, o Hamza varia de 200 a 400 quilômetros. A velocidade da água no Rio Amazonas varia de 0,1 a 2 metros por segundo e as águas do Hamza avançam, no máximo, 100 metros por ano. Embora esse valor possa ser considerado pequeno em relação à formidável vazão do Amazonas, ele indica a existência de um sistema hidráulico subterrâneo sem precedentes. Para que se possa aquilatar a importância deste sistema, basta lembrar que sua vazão subterrânea é superior à vazão média do Rio São Francisco. A vazão do Hamza é estimada em 3,1 mil m³/s enquanto a do Rio São Francisco é de 2,7 mil m³/s.
Aquífero?
A água do Hamza segue até 150 km dentro do Atlântico e diminui os níveis de salinidade do mar. É possível identificar este fenômeno devido aos sedimentos que são encontrados na água, característicos de água doce, além da vida marinha existente, com peixes que não sobreviveriam em ambiente de água salgada. (Valiya Mannathal Hamza)
O doutor Hamza afirma categoricamente:
Não é um aquífero, que é uma reserva de água sem movimentação. Nós percebemos movimentação de água, ainda que lenta, pelos sedimentos.
Discordo, frontalmente, da afirmação do Dr. Valiya Mannathal Hamza no que se refere à baixa salinidade observada na Foz do Amazonas. Esta não deve ser creditada ao Hamza mas, fundamentalmente, à vazão do formidável Amazonas que lhe é sessenta e cinco vezes maior.
Pouco mais de um ano depois de o Grupo de Pesquisa em Recursos Hídricos da UFPA ter apresentado a tese do Aquífero Alter do Chão, surge a nova e revolucionária teoria do Rio Hamza. Em ambos os casos, é necessário um planejamento estratégico para a exploração comercial dessas águas.
A Selva nos Une!!!
A Amazônia nos Pertence!!!
Tudo Pela Amazônia!!!
SELVA!!!
*GilsonaSampaio

Nenhum comentário:

Postar um comentário