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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, julho 12, 2012

Roteiro para levar
Cerra à CPI

Por que a “metodologia” da Delta em Goiás seria diferente da “metodologia”da Delta em São Paulo ?



O ansioso blogueiro recebeu de fonte anônima, dessas que engordam o jornalismo de percepção extra-sensorial – clique aqui para ler “Cerra na CPI – cadê o Puccini ?” -  informação primorosa: roteiro para fazer o Sadim Pade Cerra, o inimputável para uma conversinha na CPI.

Toda a confusão em torno do Governador do Distrito Federal, o Agnello Queiroz, se deveu ao fato de a Delta ter um contrato com o Distrito Federal.

Um contrato.

A Delta do Fernando Cavendish teve 26 – 26 !!! – contratos com o Governo Cerra em São Paulo.

26 !!!

Por que a “metodologia” da Delta em Goiás seria diferente da “metodologia”da Delta em São Paulo ?

Porque em São Paulo prevalece a Ética ?

A dos inimputáveis ?

Porque na Chuiça (*) são todos virtuosos ?

Heraldo Puccini era o diretor da Delta para o Sudeste e o Sul.

Além dos depoimentos do Cavendish e do Paulo Preto, Puccini poderia ser de muita valia.

Outra dica para levar o Cerra à CPI: investigar o papel do DERSA e suas ramificações em Sorocaba, no interior do Estado.

Outra maneira de levar o Cerra à CPI seria investigar os contratos do Robanel e da Marginal (sic) com o Dnit dos bons tempos do Pagot.

Não é à  tôa que o PiG (**) e até o PiG chic querem acabar rapidinho com essa CPI.

E ainda dizem que exista um Instituto de Jornalismo Investigativo.

Paulo Henrique Amorim

(*) Chuíça é o que o PiG de São Paulo quer que o resto do Brasil ache que São Paulo é: dinâmico  como a economia Chinesa e com um IDH da Suíça.

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