No Paraguai, Veja está com Franco e não abre
Foto: Edição/247
Presidente Federico Franco, é o entrevistado das páginas amarelas; diz que a deposição de Lugo foi constitucional e que os militares “foram fiéis à pátria” não se prestando à suposta tentativa de golpe arquitetada por Hugo Chávez; em editorial, a revista da Abril assumiu sua posição: é a favor do golpe
07 de Julho de 2012 às 13:28247 – Federico Franco, presidente do Paraguai desde a deposição de Fernando Lugo, surge doce, cândido e com ar de bom moço na foto que ilustra a entrevista de páginas amarelas da revista Veja deste fim de semana. Nela, Franco nega que tenha havido golpe de Estado no Paraguai, muito embora tudo tenha sido decidido em menos de 48 horas, sem que seu
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Assis Ribeiro
*Nassif
*Nina
REVISTA VEJA DESTRUIU O PSDB: PARTIDO VAI ATÉ O PARAGUAI PARA APOIAR GOLPISTAS E SE PREPARA PARA MAIS UMA QUEDA
A associação com um esquema de
espionagem em nível nacional e o apoio da grande mídia parecia a
princípio um sistema imbatível nas eleições para o PSDB.
Assim pareceu ser bom por um tempo e o
partido conseguiu manter certa hegemonia em Minas Gerais e São Paulo,
grandes redutos eleitorais. Mas mesmo com as denúncias da Veja contra os
principais adversários abastecidas pelo esquema de espionagem de
Carlinhos Cachoeira e da cobertura benevolente das grandes empresas de
comunicação, o partido veio sofrendo derrotas e mais derrotas. Hoje
basicamente se sustenta sem representação na sociedade, mas com grande
exposição na mídia, que só faz a cobertura negativa dos adversários,
como é o caso da principal emissora de televisão, a Rede Globo.
Desde a primeira eleilção de Lula a
presidente, o partido tucano vem sendo destruído por uma escolha
ideológica gerada pelo jornalismo fantasioso da revista Veja. Essa
associação, que parecia promissora, está acabando com o PSDB, partido
que já teve em seus quadros Jorge Hage, um dos grandes nomes da
presidenta Dilma Rousseff. Em recente entrevisa no Roda Viva, Hage
afirmou que foi atraído pelo canto do cisne do PSDB durante o nascimento
do partido. “Depois virou isso que está aí”, afirmou. E “isso que está
aí” é uma das piores coisas políticas que já surgiram no país. Um
partido que se sustenta sobre uma ideologia de estrema-direita, que
finge respeitar as regras democráticas, mas acabou atuando no submundo
da espionagem. Restou apoiar os golpistas do Paraguai.
O PSDB dificilmente sairá da arapuca
em que se encontra, principalmente quando tem José Serra e Álvaro Dias
como expoentes do discurso partidário. O partido já não tem o suporte da
espionagem de Carlinhos Cachoeira e nem as “denúncias bombásticas da
Veja”. Restou o ódio dos colunistas da Veja, mas isso é muito pouco para
um partido. Uma possível derrota em Minas Gerais e em São Paulo poderá
provocar uma dissolução no partido ou uma mudança radical, se ainda
houver condições. Aécio Neves percebeu isso em setembro do ano passado, quando afirmou que era preciso refundar o partido, mas não teve lastro para a empreitada.
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