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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, julho 11, 2012




FHC vai aos EUA falar mal do Brasil, receber US$ 1 milhão e defender um golpe

FHC vai aos EUA falar mal do Brasil, receber US$ 1 milhão e defender um golpe


As declarações de FHC nos Estados Unidos agradaram os ‘paladinos da democracia estadunidense’ e os golpistas do Paraguai

 

FHC recebe prêmio Kluge
FHC recebe prêmio Kluge. Imagem: Reprodução
Altamiro Borges, em seu sítio
No covil do império, bem ao seu gosto, o ex-presidente FHC atacou ontem o ingresso da Venezuela no Mercosul, argumentou que não houve golpe no Paraguai e criticou a exclusão dos golpistas do bloco de integração sul-americana. O príncipe da Sorbonne foi a Washington receber o Prêmio Kluge de US$ 1 milhão da Biblioteca do Congresso dos EUA em “reconhecimento à sua obra acadêmica”.
Em entrevista coletiva, FHC afirmou que “não houve arranhão à Constituição paraguaia” no impeachment sumário de Fernando Lugo e que a deposição seguiu as normas democráticas. “Você pode discutir se houve ampla liberdade de defesa. Quem discute isso? As cortes paraguaias. O limite entre você manter a regra do jogo e a ingerência é delicado”.
O ex-presidente tucano ainda afirmou que a política da Dilma de proteger a indústria nacional é um “protecionismo” absurdo, esquecendo que em seu governo a indústria foi praticamente destruída pelo câmbio falso.
*PragmastimoPolítico

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