Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, junho 12, 2013

Deputado do PSDB quer impedir pronunciamentos em cadeia de rádio e TV da presidente



O aecista Marcus Pestana (PSDB-MG) apresentou projeto de lei para regulamentar a transmissão de pronunciamentos em cadeia de rádio e TV da presidente. Ele teve a ideia após contar 13 pronunciamentos de Dilma desde o início do mandato...

O PSDB está desesperado. Quer se manter na mídia, nem que para isso faça papel ridiculo como esse. Também foi de Marcus Pestana a ideia de, em janeiro, bater na porta da Procuradoria-Geral da República  para reclamar  da cor do casaco usado por ela durante pronunciamento de TV no qual anunciou a redução da tarifa de energia elétrica.

Na petição de janeiro, Pestana escreveu:"A presidente Dilma usou roupas vermelhas no pronun­ciamento oficial em uma cla­ra referência às roupas verme­lhas utilizadas na campanha de 2010 (...) fazendo alusão à cor do seu partido".

Mas o blazer  era rosa. E só o tucano viu vermelho

Será que o deputado tucano está com muito tempo ocioso? 
*osamigosdopresidentelula

Nenhum comentário:

Postar um comentário