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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, junho 03, 2013



"Vamos continuar expandindo os programas sociais até tirar o último brasileiro da miséria. Mas tem dois caminhos para tirar as pessoas da miséria. Um deles é o emprego. O outro é para jovens e crianças: educação e mais educação", discursou a presidente, que foi ao Rio Grande do Norte para participar da cerimônia de entrega de equipamentos agrícolas; "Por isso que eu peço que vocês concordem que parte dos royalties do pré-sal se destine à educação", pediu Dilma, que também anunciou um Plano Safra só para o semiárido nordestino

3 DE JUNHO DE 2013 

247 - A presidente Dilma Rousseff reforçou nesta segunda-feira, em viagem a Natal, a necessidade de aplicar os royalties do pré-sal na educação. "Vamos continuar expandindo os programas sociais até tirar o último brasileiro da miséria. Mas tem dois caminhos para tirar as pessoas da miséria. Um deles é o emprego. O outro é para jovens e crianças: educação e mais educação", discursou a presidente, que foi a Rio Grande do Norte para participar da cerimônia de entrega de 101 retroescavadeiras e 149 motoniveladoras a 149 municípios do semiárido do Estado em situação de emergência por causa da seca.

"Por isso que eu peço que vocês concordem que a parte dos royalties, das participações especiais em parte do rendimentos do pré-sal, se destine à educação", disse a presidente. "O Brasil mudou. Nós conseguimos tirar milhões de pessoas da pobreza. O Brasil virou um país de classe média. Temos um país com mais de 100 milhões de pessoas na chamada classe C. Mas temos de fazer um esforco para que sejamos um país de classe média efetivamente", discursou a presidente, pouco depois de anunciar um "Plano Safra só para o semiárido nordestino".

Segundo o governo, os equipamentos entregues nesta segunda-feira serão encaminhados às cidades beneficiadas após o treinamento dos operadores, que acontecerá entre 4 e 25 de junho. Durante o evento de anúncio dos benefícios, a presidente anunciou a liberação de R$ 30 milhões para a reforma e ampliação do Centro de Convenções de Natal, com recursos do Ministério do Turismo. Ela ainda participa do lançamento do edital de licitação para obras complementares da duplicação da BR-101 no estado, como a construção de vias marginais, obra de drenagem e dois viadutos.

Seca

Dilma falou sobre a seca e a importância de se conviver com ela da melhor maneira possível, destacando a necessidade de segurança hídrica, através de obras estruturantes, como a Barragem de Oiticica, lançada nesta segunda-feira. "Paralelamente às ações estruturantes, é essencial que medidas emergenciais sejam realizadas para diminuir os efeitos da seca", destacou Dilma.

"Quero dar continuidade à construção de um Rio Grande do Norte grande, que esteja à altura deste novo Nordeste que o Brasil precisa", disse a presidente, acrescentando: "O Brasil não crescerá se o Nordeste não continuar crescendo acima de outras regiões do país, porque o Nordeste precisa tirar o atraso."

"Temos de dar, aqui no Nordeste, as mesmas condições que há concentradas no Sul e no Sudeste, para que ocorra um surto de desenvolvimento, seguiu Dilma, dizendo que quer "transformar o Nordeste numa região homogeneamente desenvolvida". "Tenho esse compromisso de melhorar cada vez mais a infraestrutura, a política de convivência com a seca, os programas sociais e a educação", concluiu.

Doação

A doação de retroescavadeiras e motoniveladoras a prefeituras faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 e tem o objetivo de beneficiar a população rural dos municípios com a construção e recuperação de estradas para o escoamento da produção, contribuindo para a organização produtiva dos agricultores familiares dessas regiões.

O governo potiguar informou que as máquinas doadas representam um investimento federal de R$ 81,6 milhões e vão atender 89,22% dos municípios e 79,45% da população rural do estado, o que equivale a 560 mil famílias a serem beneficiadas. Ao todo, 500 operadores serão capacitadas para operar as máquinas. Os cursos terão duração de 16 horas para trabalhar com retroescavadeiras e de 40 horas para motoniveladoras.

Com Agência Brasil
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