Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, junho 03, 2013

Tumba coletiva revela massacre de palestinos por Israel


Ramallah, (Prensa Latina) O achado de restos de dúzias de pessoas em uma tumba coletiva na cidade israelense de Tel Aviv poderia testemunhar hoje, 65 anos depois, massacres das milícias israelenses. 

Grupos armados formados por entidades sionistas tais como Irgun, Stern e Haganah foram responsáveis por matanças coletivas para obrigar a centenas de milhares de palestinos a abandonar seus lares e zonas de residências durante e após a guerra de 1948, desatada pela proclamação do Estado de Israel.

Os restos foram encontrados em seis câmaras durante trabalhos de reparo na quinta-feira passada mas só ontem se determinou que se trata de civis palestinos, mortos em circunstâncias misteriosas e sepultados a toda pressa no que hoje é o distrito de Jaffa.
Em Gaza, um pescador de 80 anos, afirmou que na sua juventude foi obrigado pelas milícias sionistas a levar ao lugar cadáveres de homens e mulheres e colocá-los em tumbas coletivas.

Lembro ter levado (...)não menos de 60 cadáveres em um espaço de três ou quatro meses (...) depois as tumbas eram cobertas de terra sem ritos nem preces, disse à imprensa Maan Atar Zeinab, um pescador residente na zona.

Durante os dias posteriores à proclamação de Israel em maio de 1948 as milícias sionistas, apoiadas por militares britânicos e especialistas castrenses de vários países, aniquilaram ou obrigaram a populações inteiras a deslocar de seus lugares de residência.


O mais notório dos casos dessa limpeza étnica foi o da aldeia de Deir Yessin, cujos habitantes, incluídos mulheres, meninos e idosos não beligerantes, foram metralhados em abundância e as construções demolidas.
Posted by
Labels: HISTÓRIA Mundo
*CentrodoSocialismo 

Nenhum comentário:

Postar um comentário