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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, junho 17, 2013

Estão de má vontade com o Brasil




O Deutsche Bank, umas das maiores instituições financeiras do mundo, vê exagero nos comentários negativos sobre a economia brasileira e sinaliza confiança no país.

Em nota publicada ontem, o banco alemão constata que os comentários sobre o Brasil “se tornaram muito negativos nos últimos 18 meses” e que o México “é o novo queridinho” dos mercados.

“Isso está indo longe demais”, avalia o Deutsche. Observa que o Brasil teve dois anos consecutivos de crescimento modesto (2,7% em 2011 e 0,9% em 2012), mas que tampouco houve muitos emergentes, e menos ainda economias desenvolvidas, com desempenho melhor.

Enquanto o Bradesco já projeta alta do PIB somente entre 2% e 2,4% este ano, o banco alemão continua a achar que a economia brasileira pode crescer entre 3% e 3,5% .

Estima que as perspectivas de crescimento no médio prazo vão depender muito da rapidez com que o governo será capaz de melhorar as condições para as concessões, para investimentos privados na infraestrutura, e também do progresso em seus próprios planos de investimentos.

O Deutsche diz acreditar que o governo brasileiro irá “cedo ou tarde” oferecer condições mais favoráveis para o setor privado, especialmente se o crescimento real do PIB continuar por volta de 3%.

Diz ser por isso que continua a acreditar que, no momento, o crescimento potencial no médio prazo da economia brasileira fica entre 3% e 3,25%, mas não abaixo disso. E que, se as concessões forem aceleradas, o potencial de expansão econômica pode subir para 3,75%.Informações do  Valor Econômico 
*osamigosdopresidentelula

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