MP se infiltra
nas manifestações
MP pode investigar. Mas não pode fazer o país refém.
A cobertura da GloboNews ao longo da tarde e início da noite – clique aqui para ler sobre o que a âncora viu e o que não viu – revela uma sutil infiltração dos defensores do Ministério Público nas manifestações.
Os infiltrados reagiam à PEC-37, que pretende evitar que o MP se torne o DOI-CODI da Democracia.
Ou, como disse o Sepúlveda Pertence, um dos primeiros a ocupar a Procuradoria Geral, ao se referir ao Ministério Público: “criei um monstro !”
Os “manifestantes” acusam a PEC-37 de “PEC da impunidade”: de querer calar o MP e, portanto, deixar a roubalheira correr solta.
Papo furado.
O que está em jogo é muito mais: é o Gurgel ter um Guardião para grampear sabe-se lá quem.
Em curso, há uma negociação no Congresso – de resto, refém do Ministério Público como qualquer servidor público – para discutir a PEC-37 e enquadrar o Ministério Público nas regras da normalidade democrática – retirar seu caráter “monstruoso”, diria o Pertence.
Regrinhas elementares, que os policiais já são obrigados, por Lei, a cumprir:
- quem investiga não denuncia;
- quem denuncia não julga;
- não pode haver monopólio da investigação, mas o Procurador não pode escolher o que bem entender investigar;
- tem que respeitar regras para quebrar sigilos, especialmente o telefônico.
O ansioso blogueiro, por exemplo, gostaria de saber o que o Gurgel, que o Collor chama de prevaricador, captou das conversas do Demóstenes…
Conheça algumas sugestões sensatas para acrescentar à discussão da PEC-37, de autoria do deputado José Genoino:
Genoino apresenta contribuição à Bancada do PT sobre a PEC 37
Em tempo: a comentarista Cristiana Globo prestou relevante serviço para transformar a PE-37 numa das prioridades dos manifestantes. Paulo Henrique Amorim
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