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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, junho 07, 2013

Lula é declarado 'hóspede ilustre' em Lima e recebe medalha e mais dois títulos de doutor honoris


O ex-presidente Lula foi declarado "hóspede ilustre" e recebeu a medalha Cidade de Lima, entregue nesta quarta-feira pela prefeita da capital peruana, Susana Villarán. Ela entregou a Lula a máxima distinção da prefeitura de Lima em reconhecimento aos seus esforços para promover a relação entre Peru e Brasil e por "seu compromisso com os mais pobres".
Ao aceitar a distinção, Lula ressaltou que "os pobres devem ser prioridade para os governos, que devem incluí-los em seus orçamentos". O ex-presidente chegou na terça-feira a Lima e inaugurou hoje, com o presidente peruano, Ollanta Humala, um fórum de empresários brasileiros e peruanos, organizado para celebrar o décimo aniversário de uma aliança estratégica econômica entre os países.

Lula também receberá ainda nesta quarta-feira o título de doutor honoris causa da Universidade Nacional Mayor de San Marcos, e depois terá um encontro com universitários, após o qual viajará para o Equador.

Lula recebe condecoração máxima de presidente do Equador

O presidente equatoriano, Rafael Correa, entregou nesta quinta-feira a máxima condecoração do país - a Ordem Nacional de San Lorenzo - ao ex-presidente Lula, no Palácio de Carondelet.

O Equador homenageou Lula "por sua vocação de humanista a serviço das classes mais necessitadas, por seu estímulo à integração latino-americana e por seu apoio em benefício à maior aproximação entre Equador e Brasil", segundo um decreto presidencial que ordena a condecoração, divulgado durante a cerimônia.

No Salão Amarelo do Palácio, o presidente Correa colocou o grande colar dourado e vermelho em Lula, dando-lhe um abraço em seguida.

Visivelmente emocionado, Lula dedicou vários elogios a Correa em seu discurso de aceitação, a quem chamou de "um dos líderes políticos mais fortes que conheço" e agradeceu "pelo reconhecimento, mas principalmente pelo carinho" por parte do governo do Equador.

"Acredito cada vez mais na integração. América do Sul e América Latina têm de formar um bloco forte e você (Correa) será cada vez mais importante. Assim, muito obrigado, companheiro, sinceramente, muito obrigado, você pode contar sempre comigo", frisou Lula.

Antes de Quito, Lula já havia passado por Bogotá e Lima. "É um privilégio, para mim, conceder-lhe a condecoração da Ordem Nacional de San Lorenzo como demonstração de respeito, admiração e carinho profundo que sente nosso povo pelo presidente Lula", declarou Correa. "Lula é um do maiores artífices modernos da grande pátria com que sonhamos", completou Correa.

O ex-presidente permanece em Quito até sexta, onde receberá três títulos de Doutor "Honoris Causa" da Universidade Internacional do Equador, Universidade Andina Simón Bolivar e da Escola Politécnica do Litoral. Lula também fará uma conferência na Câmara de Comércio Equatoriano-Brasileira. 

*osamigosdopresidentelula

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