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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, junho 07, 2013

Satyagraha – Protesto não violento de luta Anti-Imperialista de Mahatma Gandhi


Satyagraha - Protesto não violento de luta Anti-Imperialista de Mahatma Gandhi
Satyagraha – Protesto não violento de luta Anti-Imperialista de Mahatma Gandhi
O Satyagraha é conhecido como filosofia de protesto não violento/Anarcopacifismo ou Anarquismo Pacifista de luta anti-imperialista , ou resistência passiva. Elaborado por Mahatma Gandhi, o Satyagraha foi introduzido na África do Sul (1906) e, a partir de 1917, desenvolveu na Índia no período que antecedeu a independência da Grã-Bretanha, também utilizado na União da África do Sul na luta contra a discriminação racial sofrida pelos índios no país.
Satyagraha Protesto pacifico
O Satyagraha procura conquistar através da submissão, trata-se de recusar e submeter-se ou cooperar com qualquer coisa entendida ou subentendida como errada, mas respeitando o princípio da não-violência, a fim de manter a tranquilidade de espírito necessária para a percepção e compreensão.
Satyagraha
O Satyagraha recebeu ampla aplicação no movimento de libertação nacional dos povos indígenas contra os colonizadores britânicos entre 1918 e 1947.
Satyagraha Protesto AnarcoPacifista
Ele incluía medidas como comícios, manifestações, paralisações, boicote de instituições britânicas e da administração colonial, e, como uma medida extrema, a recusa de pagar impostos.
Satyagraha  Protesto não violento de luta

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