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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, junho 15, 2013

Motorista já pode pedir reembolso da inspeção

Prefeitura publicou decreto ontem. Carros com até três anos de uso estão dispensados da vistoria
CAROL ROCHA

A Prefeitura de São Paulo regulamentou as novas regras da inspeção veicular na cidade. Quem passou pela vistoria neste ano já pode pedir o reembolso da taxa, de R$ 47,44. Para ter o dinheiro de volta, é preciso ter sido aprovado na primeira inspeção, além de estar com o pagamento do IPVA, licenciamento e multas de trânsito em dia. A partir de 2014, os motoristas estarão isentos do pagamento da taxa.

A Prefeitura não soube informar qual é o prazo para receber o dinheiro de volta.
Segundo o decreto, publicado no “Diário Oficial da Cidade”, carros com até três anos de uso estão dispensados da inspeção. A partir daí, deverão passar pela vistoria a cada dois anos. Para os veículos a diesel e automóveis com mais de nove anos de uso, a inspeção será anual.
Os veículos licenciados em outros municípios que circulam mais de 120 dias por ano na capital, como ônibus intermunicipais e veículos de carga, também serão obrigados a passar pela inspeção. A Secretaria do Verde e Meio Ambiente vai publicar uma portaria sobre como será feita a fiscalização dos carros de outros municípios.
Veículos de coleção, os concebidos exclusivamente para aplicações militares e agrícolas, adaptados para competições, tratores e máquinas de terraplanagem e de pavimentação estão livres da vistoria.
*yahoo

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