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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, junho 10, 2013

Socialismo
A vereadora de Natal, Amanda Gurgel, do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) poderá concorrer ao senado nas eleições do ano que vem. Ela foi a vereadora mais votada da história do Rio Grande do Norte. Não sou militante do PSTU, mas faz bem pra nossa democracia um partido com uma visão de esquerda, levando uma série de debates que os acomodados a esse sistema não se dão o trabalho de fazer.

Reiteração sobre o post:
Não expusemos claramente o que quisemos dizer com esse post. Não concordamos com muitos pontos do PSTU, mas quisemos dizer que é importante forças ideológicas diferentes no Parlamento, o que não vemos. O nosso legislativo é extremamente reacionário, dominado pelas forças de latifundiária a burguesa, sem haver um meio termo que suscite debates. Assim como o PSTU, é de extrema importância outros partidos de esquerda com força no parlamento para que a democracia seja plena: com diferentes opiniões que levantem outras visões. Sobre essa democracia, é claro que ela é num modelo de democracia liberal, e não na que visamos, a democracia revolucionária cujo poder é do povo. Mas é sempre importante trazermos à tona debates do nosso mundo de hoje.
A vereadora de Natal, Amanda Gurgel, do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) poderá concorrer ao senado nas eleições do ano que vem. Ela foi a vereadora mais votada da história do Rio Grande do Norte. Não sou militante do PSTU, mas faz bem pra nossa democracia um partido com uma visão de esquerda, levando uma série de debates que os acomodados a esse sistema não se dão o trabalho de fazer. 

Reiteração sobre o post: 
Não expusemos claramente o que quisemos dizer com esse post. Não concordamos com muitos pontos do PSTU, mas quisemos dizer que é importante forças ideológicas diferentes no Parlamento, o que não vemos. O nosso legislativo é extremamente reacionário, dominado pelas forças de latifundiária a burguesa, sem haver um meio termo que suscite debates. Assim como o PSTU, é de extrema importância outros partidos de esquerda com força no parlamento para que a democracia seja plena: com diferentes opiniões que levantem outras visões. Sobre essa democracia, é claro que ela é num modelo de democracia liberal, e não na que visamos, a democracia revolucionária cujo poder é do povo. Mas é sempre importante trazermos à tona debates do nosso mundo de hoje.

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