Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, junho 08, 2013

Venezuela realizará poderoso congresso socialista, anuncia Maduro

Do Portal Vermelho


O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira (6) a realização de “um poderoso congresso socialista” para o dia 28 de julho de 2014, dia em que Hugo Chávez completaria 60 anos. O presidente conclamou a militância a ir de casa em casa com retratos de Bolívar e de Chávez para impulsionar “uma grande vitória” governista nas eleições de dezembro.


Efe
Maduro e Diosdado
Presidente da Assembleia Diodado Cabello e Nicolás Maduro, durante encontro com o Grande Pólo Patriota
“Este congresso seria convocado, para dizê-lo de maneira correta, em 28 de julho de 2014, quando nosso comandante, pai e guia eterno, Hugo Rafael Chávez Frias, completaria 60 anos”, disse o mandatário em Caracas, durante um encontro com o Grande Pólo Patriota (GPP), formado pelos partidos que apoiam o Governo.

Apontou que este “poderoso congresso socialista” organizado pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) deve permitir revisar tudo o que se fez no GPP e fazer “um plano para os próximos dez anos da Revolução Bolivariana”.

Maduro, pediu às bases e ao GPP que instalem mesas de trabalho que permitam "buscar um método revolucionário para ter candidatos unitários em todos os municípios para conseguir uma grande vitória no dia 8 de dezembro".

Ademais, pediu neste encontro que todos os chavistas que estão vivendo no exterior se organizem em patrulhas ou círculos bolivarianos” para se inscrever e militar no PSUV diante das eleições municipais de 8 de dezembro.

Disse, neste sentido, que as organizações chavistas devem revisar as listas que possuem dos potenciais cidadãos que votam pelo governismo e fazer visitas de “casa em casa”, tendo em vista conseguir “uma grande vitória” em dezembro.

A estratégia delineada pelo mandatário prevê que grupos de base do PSUV como as Unidades de Batalha Hugo Chávez realizem estas visitas nos meses de junho, julho e agosto para reencontrar-se com os militantes que possam ter se separado das filas revolucionárias por alguma inconformidade: “há compatriotas que se afastaram por ficar descontentes por alguma razão, pois vamos ao reencontro com quem possa estar descontente, vamos corrigir os erros onde os tenhamos cometido”, destacou Maduro.

“Que consigamos ganhar pelo menos 80% dos municípios deste país”, pediu o presidente, em alusão às eleições municipais.

No dia 8 de dezembro, durante as eleições municipais se elegerão 2.792 cargos públicos: 337 prefeitos e 2.455 postos para os corpos deliberantes: 2.435 dos conselhos municipais, 13 do Distrito Capital e sete do Distrito Alto Apresse, além de 69 cargos de representação indígena.

Com agências Efe e Prensa Latina


http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=215616&id_secao=1

Nenhum comentário:

Postar um comentário