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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, outubro 26, 2013

“35 lideres mundiais estão furiosos por saber que os Estados Unidos os espionam”

Vitória da Dilma. Merkel
se une ao Brasil x EUA

Ataulfo, dá bye-bye ao caça da Boeing !
As televisões europeias, nesta noite de sexta-feira, deram destaque a essa decisão da Chanceler alemã, Angela Merkel:

http://www.usnews.com/news/articles/2013/10/25/germany-joins-brazil-seeking-un-action-against-spying

“A Alemanha se une ao Brasil (e, não, o contrário) para buscar na ONU uma ação contra a espionagem (dos Estados Unidos, embora as duas não mencionem os EUA – PHA)”

“35 lideres mundiais estão furiosos por saber que os Estados Unidos os espionam”

The diplomats plan to introduce the proposal for a vote in the U.N. General Assembly human rights committee later this year, Foreign Policy reports.
Os diplomatas pretendem levar a voto no comitê de direitos humanos da Assembleia Geral da ONU ainda este ano, diz a revista Foreign Policy.
Rousseff addressed the U.N. General Assembly in September criticizing the NSA and calling for the U.N. to establish legal regulations that would prevent abuses on the Internet, including international surveillance and violations of privacy.

Rousseff se dirigiu à Assembleia Geral da ONU em Setembro, quando criticou a National Security Agency dos Estados Unidos e pediu à ONU para criar regras que evitem abusos na internet, o que inclui o grampo e violações de privacidade.
Navalha
Como o PiG (*) vai ignorar esse fato, cabe observar:
1) Merkel passou por cima dos europeus – especialmente do Hollande da França, seu vizinho e parceiro na criação da União Européia – e se aliou diretamente ao Brasil, à Dilma;
2) Merkel devolveu o primeiro-ministro inglês, o Cameron, à condição de poodle dos Estados Unidos, posição em que os ingleses, como o Renato Machado, preferem ficar, desde Churchill.
3) A aliança Rousseff-Merkel vai ajudar a votar o Marco legal da Internet, na próxima quarta-feira, com a guarda dos arquivos no Brasil – apesar da feroz resistência das empresas telefônicas (todas estrangeiras, graças ao Príncipe da Privataria ).
4) Bye-bye, caças da Boeing. A escolha dos caças se afunila entre a Rússia e a Franca (os suecos são laranja dos americanos). É claro que, antes de decidir, a Dilma vai consultar a Tucanhêde, sabidamente, a maior especialista brasileira em AR.
Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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