PF também vai investigar ex-diretor propineiro da CPTM
Pensava-se que eram "somente" US$ 6,8 mi os valores das propinas pagas
pela Alstom aos governantes do PSDB. De acordo com a justiça Suíça,
estes valores ja estão em US$ 836 mil, ou, R$ 1,2 bilhão
Com a no caso, sendo aberta uma verdadeira "caixa de Pandora", com a
vinda à tona desse escândalo. Trata-se de uma verdadeira formação de
quadrilha e pagamento de propina em licitações para a compra de
equipamentos, a construção e a manutenção de linhas de trem e metrô em
São Paulo. O negócio é bilionário. Os cabeças da trama já começam a
aparecer. E não são peixes pequenos, não. A coisa toda chega até a
todos os governadores do PSDB. É um salve-se quem puder. Mas, os meus
queridos leitores perguntam: Algum tucano vai parar na cadeia?
Jornal O Estado de São Paulo dessa sexta feira (18): Polícia Federal
recebe papéis da Suíça que mostram depósitos de US$ 836 mil na conta de
João Zaniboni, que atuou na estatal nos governos Covas e Alckmin
A Polícia Federal vai investigar o engenheiro João Roberto Zaniboni,
ex-diretor da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) nos
governos dos tucanos Mário Covas e Geraldo Alckmin, entre 1999 e 2003. A
investigação tem base em documentos bancários que há uma semana o
Ministério Público Federal encaminhou à PF.
Estão entre os papéis extratos da conta Milmar, no Credit Suisse de Zurique, por meio da qual Zaniboni recebeu depósitos no valor global de US$ 836 mil, supostamente dinheiro oriundo de corrupção por favorecimento à multinacional Alstom.
Os documentos originais chegaram ao Brasil em fevereiro de 2011, endereçados ao Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) - braço do Ministério da Justiça a quem cabe o papel de autoridade central para rastrear fortunas ilícitas de cidadãos brasileiros em paraísos fiscais.
No entanto, a PF nunca recebeu aquelas provas contra Zaniboni - o que só ocorreu há uma semana - que poderiam ser incluídas no inquérito 222/2008, investigação sobre pagamento de propinas a políticos do PSDB e ex-dirigentes de estatais paulistas, a partir dos anos 90, no setor de energia.
Como já relatou o caso Alstom, com indiciamento criminal de onze alvos, a PF decidiu encartar o dossiê Zaniboni nos autos de outro escândalo, o inquérito Siemens, multinacional alemã que fechou acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), também vinculado à pasta da Justiça.
As peças que só agora estão em poder da PF são as mesmas que aportaram no Brasil há 2 anos e 8 meses, com exceção a um detalhe - não consta da papelada uma importante providência que a Suíça havia solicitado já naquela época: diligência de buscas e apreensão na residência de Zaniboni.
A PF avalia que agora a medida já não faz nenhum sentido, uma vez que tornou-se pública a vinculação do ex-diretor da CPTM com suposta corrupção.
Além de fazer minucioso relato sobre a movimentação financeira de Zaniboni, o Ofício Federal de Justiça da Suíça, amparado em procedimento de investigação do Ministério Público da Confederação (MPC), indicou os caminhos e a origem dos recursos da conta Milmar. São citados os consultores Arthur Gomes Teixeira e Sérgio Meira Teixeira, que teriam atuado como lobistas da Alstom.
Na ocasião, o DRCI enviou o dossiê Zaniboni ao MPF/SP. Desde então, os documentos ficaram sob responsabilidade do procurador da República Rodrigo de Grandis, que acompanha o inquérito Alstom.
A Suíça atribui a Zaniboni e aos Teixeira prática de corrupção e lavagem de dinheiro. Os investigadores de Genebra estão convencidos de que o ex-diretor de operações e manutenção da CPTM recebeu dinheiro de propina para atender a interesses da multinacional francesa.
Na mesma época, 20 de dezembro de 2002, em que assinou termo de aditamento a um contrato com a Alstom - instrumento que elevou de R$ 19,4 milhões para R$ 23,6 milhões o custo de "prestação serviços de revisão geral com fornecimento de materiais de 29 trens" -, Zaniboni recebeu "numerosos pagamentos" na conta de Zurique.
Segundo a investigação, a Alstom fez remessas para duas offshores sediadas no Uruguai, controladas pelos lobistas Teixeira que, por seu lado, fizeram transferências para a conta Milmar. A suspeita é de que Zaniboni teria recebido recursos também de outras fontes - a Suíça localizou "pagamentos isolados", entre maio e dezembro de 2000, em favor do então diretor da CPTM.
Nessa quinta-feira, 17, o procurador Rodrigo de Grandis confirmou que não encaminhou para a PF os documentos de Genebra. Ele ressaltou que o Ministério Público Federal tem realizado diligências diretamente e junto ao Poder Judiciário.
Estão entre os papéis extratos da conta Milmar, no Credit Suisse de Zurique, por meio da qual Zaniboni recebeu depósitos no valor global de US$ 836 mil, supostamente dinheiro oriundo de corrupção por favorecimento à multinacional Alstom.
Os documentos originais chegaram ao Brasil em fevereiro de 2011, endereçados ao Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) - braço do Ministério da Justiça a quem cabe o papel de autoridade central para rastrear fortunas ilícitas de cidadãos brasileiros em paraísos fiscais.
No entanto, a PF nunca recebeu aquelas provas contra Zaniboni - o que só ocorreu há uma semana - que poderiam ser incluídas no inquérito 222/2008, investigação sobre pagamento de propinas a políticos do PSDB e ex-dirigentes de estatais paulistas, a partir dos anos 90, no setor de energia.
Como já relatou o caso Alstom, com indiciamento criminal de onze alvos, a PF decidiu encartar o dossiê Zaniboni nos autos de outro escândalo, o inquérito Siemens, multinacional alemã que fechou acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), também vinculado à pasta da Justiça.
As peças que só agora estão em poder da PF são as mesmas que aportaram no Brasil há 2 anos e 8 meses, com exceção a um detalhe - não consta da papelada uma importante providência que a Suíça havia solicitado já naquela época: diligência de buscas e apreensão na residência de Zaniboni.
A PF avalia que agora a medida já não faz nenhum sentido, uma vez que tornou-se pública a vinculação do ex-diretor da CPTM com suposta corrupção.
Além de fazer minucioso relato sobre a movimentação financeira de Zaniboni, o Ofício Federal de Justiça da Suíça, amparado em procedimento de investigação do Ministério Público da Confederação (MPC), indicou os caminhos e a origem dos recursos da conta Milmar. São citados os consultores Arthur Gomes Teixeira e Sérgio Meira Teixeira, que teriam atuado como lobistas da Alstom.
Na ocasião, o DRCI enviou o dossiê Zaniboni ao MPF/SP. Desde então, os documentos ficaram sob responsabilidade do procurador da República Rodrigo de Grandis, que acompanha o inquérito Alstom.
A Suíça atribui a Zaniboni e aos Teixeira prática de corrupção e lavagem de dinheiro. Os investigadores de Genebra estão convencidos de que o ex-diretor de operações e manutenção da CPTM recebeu dinheiro de propina para atender a interesses da multinacional francesa.
Na mesma época, 20 de dezembro de 2002, em que assinou termo de aditamento a um contrato com a Alstom - instrumento que elevou de R$ 19,4 milhões para R$ 23,6 milhões o custo de "prestação serviços de revisão geral com fornecimento de materiais de 29 trens" -, Zaniboni recebeu "numerosos pagamentos" na conta de Zurique.
Segundo a investigação, a Alstom fez remessas para duas offshores sediadas no Uruguai, controladas pelos lobistas Teixeira que, por seu lado, fizeram transferências para a conta Milmar. A suspeita é de que Zaniboni teria recebido recursos também de outras fontes - a Suíça localizou "pagamentos isolados", entre maio e dezembro de 2000, em favor do então diretor da CPTM.
Nessa quinta-feira, 17, o procurador Rodrigo de Grandis confirmou que não encaminhou para a PF os documentos de Genebra. Ele ressaltou que o Ministério Público Federal tem realizado diligências diretamente e junto ao Poder Judiciário.
*osamigosdopresidentelula
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