Jornal Nacional' omite prêmio importante do Bolsa Família
Vai rindo... Quanto mais manipula, mais despenca a audiência... |
O principal telejornal da TV Globo está demonstrando um parcialismo
político e antipopular cada vez mais despudorado. Na edição de
terça-feira (15), não mostrou a principal notícia sobre mais um êxito de
uma política pública que combate um dos problemas históricos do Brasil,
a pobreza. O Programa Bolsa Família ganhou um prêmio internacional
comparável a vencer uma Copa do Mundo na erradicação da pobreza.
Marcelo Neri e Tereza Campello anunciam prêmio recebido pelo Bolsa Família. Globo foi, mas não noticiou Sérgio Amaral-MDS |
O prêmio foi concedido pela principal instituição que promove a
seguridade social no mundo e atua em 157 países, a Associação
Internacional de Seguridade Social (ISSA). É uma premiação rara, pois é
concedida somente de três em três anos. Segundo a ISSA, o Bolsa Família é
uma experiência pioneira na redução da pobreza e modelo para demais
países. Tanto a notícia é relevante que ela foi – como tinha de ser –
destaque em outras redes de televisão. Jornalismo básico.
O expurgo da notícia pelo principal telejornal do país não chega a ser
surpresa para quem acompanha a linha editorial das organizações Globo.
Em sintonia com setores da oposição tucana que desdenha do programa
social, o jornal O Globo já publicou diversos artigos e editoriais
contrários ao Bolsa Família.
Nos telejornais, em geral, o programa só merece espaço no noticiário
quando ocorre algum problema, como na recente onda de boatos mentirosos
sobre o seu fim, que levou a uma corrida dos beneficiários para fazerem
saques antecipados. Na TV há mais sobriedade nas críticas do que no
jornal impresso, mas não faltam casos de dar voz excessiva aos críticos,
enquanto censura opiniões favoráveis e premiações importantes como
esta.
Mas os problemas de parcialidade do Jornal Nacional não ficaram só aí na
edição daquela terça-feira. O telejornal também não divulgou a pesquisa
eleitoral do Vox Populi que não foi muito favorável aos candidatos de
oposição, o que seria mais do agrado dos donos da emissora. A sondagem
mostrou que a oposição como um todo encolheu com a exclusão de uma das
candidaturas, ou de Marina Silva (PSB) ou de Eduardo Campos (PSB) que,
agora, no mesmo partido não poderão concorrer simultaneamente.
Para complicar a situação da oposição, quando Marina Silva é testada
como candidata no lugar de Eduardo Campos, ela fica em segundo lugar, na
frente de Aécio Neves (PSDB), com números semelhantes aos que já tinha
antes. As intenções de votos que eram para Campos parecem migrar para
Dilma em maior quantidade, em vez de ir para Marina. No cenário em que
Campos é candidato no lugar de Marina, as intenções de votos dela são
diluídas entre os outros candidatos, e Campos continua em um
desconfortável terceiro lugar com cerca de metade das intenções de votos
de Aécio Neves. Esse resultado pode aumentar desavenças dentro do PSB. A
ilusão de que Aécio e Campos subiram alguns pontos a estatística
explica: com apenas três candidatos para dividir o bolo de intenções de
votos, a fatia de cada um fica maior do que se houvessem quatro.
Ah! Como se não bastasse ainda teve mais um capítulo da novela
requentada das investigações sobre o PCC, parecendo querendo diluir a
pauta das propinas pagas pela Sie mens e Alstom a autoridades dos
governos tucanos de São Paulo. Aliás o noticiário policial dominou a
pauta.
Mas teve até uma matéria sobre propina paga na Suíça para um diretor da
CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Uau! Finalmente uma
notícia desfavorável ao governo tucano paulista? Ledo engano. A
reportagem termina poupando o PSDB e o governador Geraldo Alckmin,
encerrando com o apresentador William Bonner lendo uma nota oficial do
PSDB sobre o assunto, em vez do tradicional "procuramos ouvir o
governador Geraldo Alckmin, mas sua assessoria disse que ele não se
manifestaria".
No Blog da Helena
*comtextolivre
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