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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, outubro 26, 2013

DILMA ESPINAFRA FMI E FHC AO LADO DE ALCKMIN


Presidente anunciou nesta sexta-feira 25 recursos do PAC 2 para mobilidade urbana em São Paulo e, ao lado do governador Geraldo Alckmin, criticou os governos federais que antecederam o PT, citando um "déficit histórico" em investimento no setor; "Nos anos de 1980 e 1990 era considerado inadequado fazer metrô, dado o custo elevado de investimento", afirmou; "Investir em metrô é absolutamente essencial", defendeu Dilma; em seu discurso, o tucano cobrou verba da União para a expansão da malha metroferroviária do Estado; "Os grandes metrôs do mundo tiveram recursos do governo federal".

247 – A presidente Dilma Rousseff apontou um "déficit histórico" no investimento em transporte público ao criticar, nesta sexta-feira 25, os governos federais que antecederam o PT. Ela participou de evento em São Paulo, onde anunciou R$ 5,4 bilhões para obras em mobilidade urbana, principalmente na ampliação de linhas de metrô e trens na capital. As críticas foram feitas ao lado do governador paulista, Geraldo Alckmin, do PSDB.
"Nos anos de 1980 e 1990 era considerado inadequado fazer metrô, dado o custo elevado de investimento. Essa inadequação estava ligada também ao fato de o Brasil passar por um momento muito difícil, que durou muito tempo", discursou a presidente. Em parte desse período, o País foi governado pelo ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso.
Ela ainda mencionou Alckmin ao falar do pagamento das dívidas pelo ex-presidente Lula ao FMI (Fundo Monetário Internacional), o que, segundo ela, facilitou o investimento no setor. "A gente tinha de pedir autorização ao FMI [para investir]. Por isso foi tão bom, não é governador, a gente ter pagado a dívida com o FMI, que não supervisiona mais as nossas contas", acrescentou Dilma.
Transporte sobre trilhos
Junto com Alckmin, Dilma anunciou o pacote de R$ 5,4 bilhões para a expansão da Linha 2 do metrô (Vila Prudente -Vila Formosa), expansão da Linha 9 do trem urbano para a Zona Sul e a implantação de trem urbano Linha Zona Leste-Aeroporto de Guarulhos, além da modernização de 19 estações do trem metropolitano.
"Investir em metrô é absolutamente essencial, no mínimo, por dois motivos. Primeiro, porque garante um transporte sem interrupção do trânsito, com capacidade de escoamento diferenciada, rápida, eficiente e segura. Segundo, porque o metrô é o grande eixo de integração de modais em qualquer sistema de transporte do mundo, principalmente em áreas conurbadas, ou metropolitas adensadas, como é a de São Paulo", disse Dilma.
Antes, por meio de sua conta no Twitter, a presidente também lembrou que o governo federal está colocando R$ 21 bilhões de investimento em mobilidade urbana em São Paulo, que viabilizam um investimento total de R$ 33 bilhões. O financiamento tem prazo de 30 anos, com cinco anos de carência e juros subsidiados.
Em seu discurso, o governador Geraldo Alckmin defendeu mais investimentos da União para a expansão da malha metroferroviária do Estado. "Os grandes metrôs do mundo, todos eles tiveram recursos do governo federal". 
 
 
Blog do Porter
*MilitânciaViva

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