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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, outubro 17, 2013

Lula vai pra
cima da Globo

Quem é o “canal de televisão” Golpista ?


Saiu no Valor, o PiG (*) cheiroso:

Lula diz que jovens devem acreditar na política

Por César Felício | Valor

BUENOS AIRES  -  Em meio a um discurso pontuado por críticas à imprensa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo, nesta terça-feira, 15, na Argentina, para que manifestantes no Brasil não façam a negação da política.

Segundo Lula, que recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade de Buenos Aires em um congresso de ONGs na periferia de Buenos Aires, “a democracia não é um pacto de silêncio. É uma constante movimentação da sociedade à procura de novas conquistas”.

O ex-presidente afirmou que “alguns canais de televisão, alguns comentaristas tentam desacreditar a política, mas fora da política não há saída. Vira qualquer coisa, menos democracia”, disse.

(…)


O ex-presidente afirmou que, durante seu governo, “meus amigos donos de jornais ganharam muito dinheiro e nunca me deram um momento de trégua”.

Lula disse que, em 2005, durante a crise das denúncias do mensalão, ele “apanhava de manhã, de tarde e de noite, e enquanto eu estava dormindo também”.

O presidente afirmou que deixou de se informar por meio da imprensa nesta época “e não desaprendi nada. Ainda tive o prazer de deixar a presidência com 87% de bom e ótimo”.

Segundo Lula, “em alguns países da América Latina a imprensa muitas vezes age como se fosse um partido político, só não tem coragem de dizer que é”.




Clique aqui para ver “Lula pede cuidado com o(a)s blábláblás”

E aqui para ler “Lula: tiraram a CPMF e eu saí com 87% de apoio”

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
*PHA

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