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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

FHC e as drogas: funciona para rico viciado






O Conversa Afiada sempre achou que a política de descriminalização ds drogas do Farol de Alexandria não passa de um malabarismo de marketing.
É, como sempre, uma importação dos Estados Unidos, de um tipo de americano “avançado”, como FHC e o Cerra.
A questão da droga no Brasil não é descriminalizar o menino rico viciado.
É uma política agressiva para enfrentar o problema na base da pirâmide social: o crack.
O crack do pobre.
Esse é o problema social do Brasil.
O Farol só vai se dar conta disso quando a Cracolândia – que o Cerra e o poste dizem que acabou – subir a vertente do morro e chegar ao bairro dele, Higienópolis.
Aí, ele vai ver o que é bom para a tosse.
Veja o que disse o amigo navegante Arthur:

PH,

Sou leitor antigo e assíduo do CAf e não ví menção à visita de FHC à Regina Casé no último domingo.

Olha aí abaixo o que o FHC (boca de sovaco) busca popularizar no nosso Brasil!

É inacreditável o esforço despendido para permitir que alguns possam usar drogas em público tranquilamente e sem se importar com aqueles que desestruturam a si e a sua família.

Abraço,
Arthur (Tutuca)



FHC e a descriminalização do uso de drogas…

Fernando Henrique Cardoso marca presença no Esquenta!

No palco do programa, o ex-presidente conversa com Regina Casé sobre a Comissão Global de Políticas sobre Drogas.


Preso no Batel homem que diz ter assaltado pelo menos 100 vezes

“Ex-pedreiro” conta que que trocou carro por 20 gramas de crack. Hoje foi pego roubando um celular.

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