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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, maio 13, 2012

Fidel Castro destaca derrota nazifascista e desfile russo


resistenciacoral | A Segunda Guerra e a derrota do nazifascismo!
Vitória da Humanidade

(Prensa Latina) O líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, destacou em sua mais recente reflexão a derrota do nazifascismo em seu aniversário de 67 anos e o desfile militar realizado na Rússia para celebrá-la.

  Fidel Castro qualificou de "colossal façanha" a vitória sobre a Alemanha nazista em maio de 1945, quando a então União Soviética protagonizou a Grande Guerra Pátria, fundamental para a derrota das tropas de Adolf Hitler.

"Ficava algo sem dúvida intocável e inalterável: o hino sob cujas inesquecíveis notas milhões de homens e mulheres desafiaram a morte e aplastaram os invasores que quiseram impor mil anos de nazismo e holocausto a toda a humanidade", escreveu.

Para o líder cubano, este aniversário da vitória não podia ser compreendido sob o signo de uma bandeira e um nome diferentes do que presidiu o heroísmo dos combatentes da Grande Guerra Pátria, que frearam o fascismo que em 1939 tinha desatado a II Guerra Mundial, com um saldo de dezenas de milhões de mortos.

Fidel Castro também destacou em suas reflexões a parada militar que em Moscou ocorreu no dia 9 de maio para comemorar a derrota nazista.

"Com essas ideias na mente, desfrutei as horas que dediquei ao desfile mais organizado e marcial que nunca pude imaginar, protagonizado por homens formados nas universidades militares russas", apontou.

Para o líder da Revolução Cubana, a técnica militar exibida em Moscou no dia 9 de maio, mostra a impressionante capacidade da Federação Russa para oferecer resposta adequada e variável aos mais sofisticados meios convencionais e nucleares do imperialismo.

A propósito do atual cenário mundial, advertiu "Que rápido são esquecidos os valores das lições da história".

"Os ianques e os exércitos sanguinários da OTAN seguramente não podiam imaginar que os crimes cometidos no Afeganistão, Iraque e Líbia; os ataques ao Paquistão e à Síria; as ameaças contra o Irã e outros países do Oriente Médio; as bases militares na América Latina, África e Ásia; poderiam ser realizados com absoluta impunidade, sem que o mundo tomasse consciência da insólita e absurda ameaça", afirmou.
*Cappacete

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