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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, maio 08, 2012

Globo defende liberdade de corrupção da imprensa ao pedir blindagem da Veja

 



Se não estivéssemos falando de organizações criminosas, seria motivo de comédia o editorial do jornal "O Globo" (se quiser ler clique na imagem acima para ampliar ou no link aqui).

O jornalão não defende liberdade de expressão, nem liberdade de imprensa, o que o jornalão defende, de forma indecente, é a liberdade de corrupção para empresas jornalísticas, blindando-as de investigações, onde a revista aparece porque se meteu com a organização criminosa por conta própria.

É piada ver "O Globo" escrever que, contra a Veja, existem "fragmentos" de conversas, quando o próprio "Jornal Nacional" já pinçou frases soltas, omitindo trecho de diálogos que inocentavam o governador Agnelo Queiroz (PT-DF), para fazer "reporcagens" direcionadas a derrubar um governo eleito do Distrito Federal, recorrendo não a provas e fatos, mas a mera difamação e discursos de uma oposição comandada por gente com a folha corrida de Joaquim Roriz e José Roberto Arruda (ex-DEMos-DF).

Nenhum membro da CPI, nem ninguém do PT, inventou um grampo sem aúdio para investigar a Veja. Foi a Justiça quem autorizou gravar os telefones de Cachoeira, inclusive habilitados em Miami, e foi Policarpo quem tramou com Cachoeira durante anos por conta própria.

Agora "O Globo" invoca a presunção de inocência da revista Veja para que ela não seja INVESTIGADA por uma CPI.

Ora, ninguém está pré-condenando criminalmente a revista nem jornalistas, e justamente por isso quer investigar o verdadeiro papel de cada um, durante a CPI. Se inocentes forem, inocentes sairão. Se culpados forem, culpados sairão, espera-se.

O que toda Nação está querendo esclarecer são as diversas evidências, que existem de sobra, sobre os seguintes supostos crimes praticados nos bastidores da redação de uma grande revista:

- associação para o crime, ao estabelecer relação de toma-lá-dá-cá com organização criminosa;
- favorecimento a uma organização criminosa;
- auferir vantagens comerciais através de acordos informais com organização criminosa;
- formação de quadrilha;
- corrupção ativa e passiva;
- incitação a crimes de violação de domicílios, sigilos, segredos de justiça;
- crimes eleitorais, fazendo campanha eleitoral "subliminar", através da ocultação planejada de notícias desfavoráveis para uns e superdimensionamento de notícias desfavoráveis para outros;
- crimes planejados de calúnia, injúria ou difamação;
- conspiração contra instituições democráticas;

Liberdade de imprensa e de expressão é uma coisa. Corrupção em conluio com organizações criminosas com fins lucrativos e de poder é outra.

A Editora Abril, dona Veja, é uma empresa com fins lucrativos, tanto quanto a empreiteira Delta. Se licitações combinadas, aparelhamento de cargos com fins de corrupção são crimes quando envolvem empreiteiras, matérias jornalísticas combinadas com organizações criminosas com objetivos planejados para atingir lucros de ambos os lados, também é.

A pergunta que fica no ar é, do que a Globo tem medo? Será que se a CPI abrir a caixa preta da revista Veja, pegará também a Globo?

Quantas vezes a Globo repercutiu no "Jornal Nacional" matérias da revista Veja sem fazer apuração própria?

Tudo isso deixa as empresas da organizações Globo em situação bastante delicada, exposta tanto a eventuais processos criminais em massa, como também a processos civis pedindo polpudas indenizações para quem foi ofendido, caso apareçam confidências nos telefonemas provando que reportagens foram feitas de má-fé. 
*osamigosdopresidentelula

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