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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, junho 26, 2013

Dá uma olhadinha, só: O Sonegômetro e a Justiça Fiscal

 



 

O Brasil vem há décadas registrando índices alarmantes de sonegação fiscal e alta carga tributária que se realimentam num círculo vicioso. São disfunções de um modelo regressivo, que penaliza fortemente o orçamento dos cidadãos mais pobres, pois onera muito mais o consumo do que a renda e o patrimônio. Soma-se a isso, a falta de medidas efetivas para coibir e punir os que buscam no ato de sonegar uma fonte de lucro.
Com o objetivo de ampliar esse debate, o SINPROFAZ - Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional realiza anualmente a Campanha Nacional da Justiça Fiscal - Quanto Custa o Brasil pra Você?. A iniciativa, criada em 2009, promove a conscientização tributária, a educação fiscal e alerta para a importância do combate à sonegação, em benefício de todos os brasileiros.
Os Procuradores da Fazenda Nacional defendem uma Reforma Tributária que altere a incidência primordial da tributação, do consumo para a renda e o patrimônio, atendendo a recomendação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE, e ao princípio constitucional da capacidade contributiva. Inclui-se, nesse contexto, a urgente necessidade do país fortalecer seus instrumentos de controle e combate à sonegação. Afinal, não é justo que os cidadãos, que pagam em dia seus impostos, e são sobretaxados no momento do consumo, continuem arcando com o prejuízo causado pela alta sonegação.
Para esclarecer esta realidade foi criado o painel Sonegômetro, baseado em estudo do SINPROFAZ, que aponta para um rombo fiscal de R$ 415,1 bilhões de reais, só em 2013. Esse valor, se comparado com a arrecadação de 2011, representa:
Mais que toda arrecadação de Imposto de Renda (R$ 278,3 bilhões).
Mais que toda arrecadação de tributos sobre a Folha e Salários (R$ 376,8 bilhões).
Mais da metade do que foi tributado sobre Bens e Serviços (R$ 720,1 bilhões).
O estudo ainda afirma que a arrecadação tributária brasileira poderia se expandir em 23,9%, caso fosse possível eliminar a evasão fiscal. Ou, melhor ainda, o peso da carga tributária poderia ser reduzido em quase 30%, com o país mantendo o mesmo nível de arrecadação.
R$ 415,1 bilhões equivalem a:
5.156.521 ambulâncias;
1.441.319 postos de saúde equipados;
8.647.916 postos policiais equipados;
12.456.996 salários anuais de policiais (SP);
30.079.710 salas de aula;
20.377.006 salários anuais de professores do ensino fundamental (piso MEC);
612.241.888 salários mínimos;
1.241.699.072 cestas básicas;
2.986.330 ônibus escolares;
4.010.628 km de asfalto ecológico;
18.672.964 carros populares (Fiat Mille Economy 2p);
13.836 presídios de segurança máxima;
143.137.931 iphone 5 (16Gb);
11.860.000 casas populares (40m²);
16.000.000 de bolsas família por 31 anos (básico R$70,00).
Veja o conteúdo integral do estudo do SINPROFAZ clicando aqui.

Novo Sonegômetro: SINPROFAZ - Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional.

GilsonSampaio
Pra você que paga imposto desde a passagem de ônibus e camisinha até a TV de Plasma, agora você pode saber o quanto que é sonegado de imposto pelas e elites e oligarquias.
Portanto, quase você ouvir a mídia corrupta falar de altas taxas de impostos e mostrarem o impostômetro, compare com o sonegômetro na barra lateral, criado pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional – SINPROFAZ  e distribuído pelo Quanto Custa o Brasil

Clique em sonegometro.com para detalhes de arrepiar o cabelo.
*GilsonSampaio

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