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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, junho 30, 2013

Feliciano é a Ponta de Lança da Ameaça de Um Golpe de Estado

 

Todos que trabalham com a Arte
ou mesmo com seres humanos 
e os que se sentem mortais, humanos,
estão putos com esta situação
na Comissão dos Direitos Humanos 
que anuncia coisa pior:
o Congresso agora vai votar por uma proposta-lei
dos Evangélicos Fundamentalistas 
pra derrubar o Estado Laico Brasileiro.
 
Esta ação política corresponde a um Golpe Militar no Estado Democrático Republicano Brasileiro,
que há mais de séculos tem sido, felizmente, um Estado Laico.
 
A regressão aos estados fundamentalistas tem sido a causa de inúmeras guerras e de situações estupradoras monstruosas dos direitos humanos em todo Planeta Terra.
 
Precisamos todos nos movimentar urgentemente para impedir este Golpe de Estado para não sermos condenados a desumanidade das Ditaduras das Religiões Fundamentalistas.
 
Este Infeliz Feliciano é a Ponta de Lança da Ameaça de Um Golpe de Estado tão nefasto quanto o de 1964.
 
Além dos artistas, nós todos, mortais humanos, que assim se aceitam
e que não temos versão única da vida, da “verdade”,
nem somos proprietários dela,
que amamos a liberdade 
temos de criar juntos meios
para que esta regressão nefasta de aprisionamento da vida aqui no Brasil não aconteça.
 
É trabalho não somente de artista, mas de todos os humanos que tem amor ao Poder de nossa Condição Humana livre de tutela da Boçalidade Fundamentalista de uma Verdade Única.
 
 
Dia do meu renascimento aos 76 anos
*http://blogdozecelso.wordpress.com/2013/03/30/feliciano-e-a-ponta-de-lanca-da-ameaca-de-um-golpe-de-estado/

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