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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, junho 23, 2013

REDE GOLPE - CADA VEZ MAIS ATOLADA COM O TUCANATO...



Agora é oficial Rede Golpe assume o papel de porta-voz de Aécio Neves 
No Jornal Nacional do sábado uma cena inusitada: Willian Bonner narrando o teor de uma nota insossa escrita pelo presidente do PSDB, Aécio Neves, a respeito do pronunciamento de Dilma. 
Citou também outra nota do presidente do DEMos, José Agripino. 
Ora, TV é imagem. 
Só seria importante levar ao ar, se os dois demotucanos tivessem falado em entrevista. 
Uma nota pró-forma, sem nada de impacto, não tem valor jornalístico para justificar ser divulgada pelo apresentador do telejornal. 
Assim, Bonner vira porta-voz de Aécio Neves (e de José Agripino). 
A ausência de Aécio querer mostrar a cara, mostra duas coisas: 
 1) Ele está se abstendo de mostrar liderança. Está com medo de aparecer e ser identificado com a rejeição popular das últimas manifestações às oligarquias políticas. Quer ser esquecido por estes dias. Vai que ele mostra a cara na TV e vira "muso" do bafômetro numa destas passeatas? Melhor mandar o fiel escudeiro Bonner ler uma notinha. 

 2) O discurso de Dilma acertou no alvo. 

Se Aécio aparecesse na TV, teria que referendar a presidenta, pois criticá-la fora de uma nota escrita, passaria a imagem que estaria contra o que ela propôs e que foi de encontro aos anseios populares. 
Balanço final: Dilma cresceu como liderança. 
Aécio encolheu. 
Por: Zé Augusto 
do BLOG DO SARAIVA

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