Juventude do PT pede expulsão de Vaccarezza, 'expoente máximo da desvirtuação'
São Paulo – A Juventude do PT do Estado de São Paulo vai protocolar hoje
(3), no Diretório Municipal da capital, um pedido de Comissão de Ética
para expulsar do partido o deputado Cândido Vaccarezza.
O documento já foi enviado por e-mail e também postado na página JPT em Debate do Facebook.
O pedido vem a público no dia em que Vaccarezza foi cercado por um grupo de índios que protestavam na Esplanada dos Ministérios e teve de abandonar seu carro para escapar da confusão.
Vaccarezza tem provocado descontentamentos na militância petista – e mesmo entre os dirigentes de sua corrente política interna – por posicionamentos que contrariam diretrizes partidárias e são considerados “conservadores” ou de “direita”.
Há três anos e meio, quando tentava viabilizar sua candidatura à presidência da Câmara junto a setores conservadores, Vaccarezza deu uma entrevista às páginas amarelas da revista Veja em que pregou a reforma da CLT e atacou direitos trabalhistas. A CUT e o PT reagiram. E a bancada escolheu outro nome para disputar (e vencer) aquela eleição.
Agora, o deputado bateu de frente com uma das principais bandeiras do PT desde a crise de 2005, a da reforma política.
Contra a vontade do partido e da própria bancada petista, Vaccarezza aceitou coordenar o Grupo de Reforma Política controlado pelo presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). As propostas desse grupo, encampadas e defendidas por Vaccarezza, passam bem longe daquelas que o PT definiu como prioritárias em reuniões, encontros, convenções e congressos ao longo de sua história – entre as quais o fim do financiamento privado de campanhas eleitorais e do voto uninominal para o parlamento.
O grupo de Vaccarezza também tem ignorado os apelos da presidenta Dilma Rousseff pela convocação de um plebiscito para decidir sobre o tema.
No documento da JPT-SP, escrito e votado durante uma reunião num assentamento agrícola, no fim de semana, a militância expressa repúdio por “alguns elementos” do PT que “se aliam aos setores conservadores da política para bombardear o projeto de reforma política construído no Partido dos Trabalhadores”.
Na sequência, diz que Vaccarezza é “o expoente máximo dessa desvirtuação”.
O texto diz ainda que a juventude petista vai exigir “atitudes coerentes das instâncias partidárias” e de seus parlamentares, no sentido de que “se mantenham na defesa de uma constituinte exclusiva e plebiscito para a implementação de uma verdadeira reforma política no Brasil”.
Leia a íntegra:
Moção de Repúdio
Com pedido de instauração de Comissão de Ética para expulsão do deputado Cândido Vaccarezza do PT.
Entre as diversas bandeiras defendidas por nosso partido, como reforma agrária, política de cotas e transferência direta de renda, temos também como prioritária a defesa da democracia e a ampliação desta. Neste sentido, julgamos que a reforma política nos modelos construídos pela militância partidária e pela população é objetivo central para avançar a democracia brasileira.
No entanto, alguns elementos do partido se aliam aos setores conservadores da política para bombardear o projeto de reforma política construído no Partido dos Trabalhadores. O expoente máximo desta desvirtuação do projeto petista de reforma política é o deputado federal Cândido Vaccarezza.
Reunidos na Comunidade Padre Josimo, na Agrovila Campinas, Assentamento Reunidas, no município de Promissão, reivindicamos a instalação de comissão de ética para expulsão do referido deputado dos quadros do Partido dos Trabalhadores, uma vez que este não nos representa, assim como exigiremos atitudes coerentes das instâncias partidárias.
Indicamos ainda, neste mesmo sentido, que nossos parlamentares se mantenham na defesa de uma constituinte exclusiva e plebiscito para a implementação de uma verdadeira reforma política no Brasil.
Promissão, 29 de setembro de 2013.
Juventude do Partido dos Trabalhadores do Estado de São Paulo
O documento já foi enviado por e-mail e também postado na página JPT em Debate do Facebook.
O pedido vem a público no dia em que Vaccarezza foi cercado por um grupo de índios que protestavam na Esplanada dos Ministérios e teve de abandonar seu carro para escapar da confusão.
Vaccarezza tem provocado descontentamentos na militância petista – e mesmo entre os dirigentes de sua corrente política interna – por posicionamentos que contrariam diretrizes partidárias e são considerados “conservadores” ou de “direita”.
Há três anos e meio, quando tentava viabilizar sua candidatura à presidência da Câmara junto a setores conservadores, Vaccarezza deu uma entrevista às páginas amarelas da revista Veja em que pregou a reforma da CLT e atacou direitos trabalhistas. A CUT e o PT reagiram. E a bancada escolheu outro nome para disputar (e vencer) aquela eleição.
Agora, o deputado bateu de frente com uma das principais bandeiras do PT desde a crise de 2005, a da reforma política.
Contra a vontade do partido e da própria bancada petista, Vaccarezza aceitou coordenar o Grupo de Reforma Política controlado pelo presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). As propostas desse grupo, encampadas e defendidas por Vaccarezza, passam bem longe daquelas que o PT definiu como prioritárias em reuniões, encontros, convenções e congressos ao longo de sua história – entre as quais o fim do financiamento privado de campanhas eleitorais e do voto uninominal para o parlamento.
O grupo de Vaccarezza também tem ignorado os apelos da presidenta Dilma Rousseff pela convocação de um plebiscito para decidir sobre o tema.
No documento da JPT-SP, escrito e votado durante uma reunião num assentamento agrícola, no fim de semana, a militância expressa repúdio por “alguns elementos” do PT que “se aliam aos setores conservadores da política para bombardear o projeto de reforma política construído no Partido dos Trabalhadores”.
Na sequência, diz que Vaccarezza é “o expoente máximo dessa desvirtuação”.
O texto diz ainda que a juventude petista vai exigir “atitudes coerentes das instâncias partidárias” e de seus parlamentares, no sentido de que “se mantenham na defesa de uma constituinte exclusiva e plebiscito para a implementação de uma verdadeira reforma política no Brasil”.
Leia a íntegra:
Moção de Repúdio
Com pedido de instauração de Comissão de Ética para expulsão do deputado Cândido Vaccarezza do PT.
Entre as diversas bandeiras defendidas por nosso partido, como reforma agrária, política de cotas e transferência direta de renda, temos também como prioritária a defesa da democracia e a ampliação desta. Neste sentido, julgamos que a reforma política nos modelos construídos pela militância partidária e pela população é objetivo central para avançar a democracia brasileira.
No entanto, alguns elementos do partido se aliam aos setores conservadores da política para bombardear o projeto de reforma política construído no Partido dos Trabalhadores. O expoente máximo desta desvirtuação do projeto petista de reforma política é o deputado federal Cândido Vaccarezza.
Reunidos na Comunidade Padre Josimo, na Agrovila Campinas, Assentamento Reunidas, no município de Promissão, reivindicamos a instalação de comissão de ética para expulsão do referido deputado dos quadros do Partido dos Trabalhadores, uma vez que este não nos representa, assim como exigiremos atitudes coerentes das instâncias partidárias.
Indicamos ainda, neste mesmo sentido, que nossos parlamentares se mantenham na defesa de uma constituinte exclusiva e plebiscito para a implementação de uma verdadeira reforma política no Brasil.
Promissão, 29 de setembro de 2013.
Juventude do Partido dos Trabalhadores do Estado de São Paulo
Fonte:Análise de Conjuntura
*MilitanciaViva
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