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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, janeiro 09, 2016

Países do sudeste asiático querem acordos com o Brasil 


Um mercado potencial de mais de 600 milhões de consumidores distribuídos por 10 países com economias crescentes, PIB (Produto Interno Bruto) de US$ 2,4 trilhões e vontade de fazer acordos nas áreas de energias renováveis, comércio, indústria, educação e cultura com o Brasil.  


Cláudia Guerreiro
Embaixadores de seis dos 10 países participantes do bloco expressaram seu interesse em estreitar laços com o Brasil.  Embaixadores de seis dos 10 países participantes do bloco expressaram seu interesse em estreitar laços com o Brasil.  
Este foi o perfil apresentado pelos países-membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (em inglês Association of Southeast Asian Nations), durante a reunião realizada, esta semana na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara.

Durante duas horas, embaixadores de seis dos 10 países participantes do bloco (Indonésia, Malásia, Mianmar, Filipinas, Singapura, Tailândia e Vietnã) falaram sobre as economias de seus países e expressaram seu interesse em estreitar laços com o Brasil.

Do encontro participou também, além da presidenta da Comissão, deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) e o deputado Átila Lins (PSD-AM), que sugeriu a criação de um Grupo de Amizade Brasil–Sudeste Asiático, de maneira a fortalecer as relações com seus países-membros.

Jô Moraes, por sua vez, avaliou a importância de se ter presentes membros do Itamaraty que possam avaliar as áreas de interesse para o estabelecimento de acordos de cooperação.

Atual presidente do bloco, cuja gestão se altera a cada seis meses, o embaixador da Tailândia, Pitchayaphant Charnbhumidol, explicou que “os entendimentos entre blocos fortalecem os países integrantes destes grupos, assim como os acordos econômicos e sociais existentes entre eles”.

Ele também destacou que nos últimos 10 anos o volume de transações comerciais entre o Brasil e os países do Sudeste Asiático cresceu 480%, alcançando 4,5% de todo o comércio exterior brasileiro. 
 

Do Portal Vermelho
De Brasília, com informações da CREDN 

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