Pobre foge da USP.
É o que a elite queria
Saiu na primeira página do Estadão (com incontido júbilo) e da Folha (*), (idem):
“Cai número de alunos de escola pública na USP.”
“Apesar de bônus concedido, proporção desses estudantes passou de 30% em 2009 para 26% neste ano.”
“Para pró-reitora de graduação, motivo está no maior número de vagas em universidades federais e no ProUni”.
O verdadeiro motivo não é apenas esse a que se referiu a pró-reitora Telma Zorn.
De fato, abriram-se oportunidades fora da USP.
Mas, o frei Davi Santos, coordenador da ONG Educafro (que sustenta cursinhos populares) recomenda aos seus 6.500 alunos que não tentem entrar na USP:
“Eles só ficam humilhados, numa prova feita sob medida a cursinhos e que não considera o aprender no viver diário”.
Segundo o professor Fabio Konder Comparato, 2% dos alunos da USP são negros.
2% !
Não se pode nem dizer que os alunos pobres de escolas públicos não passem no vestibular da USP.
Eles simplesmente não fazem o vestibular.
Nem tentam.
A USP tem um sistema de bônus para atrair os pobres.
E rejeita o sistema de cotas, como recomenda o Ali Kamel.
Ou seja, os bônus da USP deram com burros n’água.
Ou não.
Porque o sonho da elite branca de São Paulo parece ser exatamente este.
Criar uma universidade sem pobre – e sem negro.
É por isso que a elite branca de São Paulo (por definição, separatista) boicota o ENEM.
Porque há o risco de o ENEM deixar pobre – e negro – entrar na USP.
Só tem um problema – sem negros e pobres, a USP está em plena decadência.
É o que mostra este estudo!
Clique aqui para ler “Serra vai deixar de ser cheiroso”.
Paulo Henrique Amorim
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