Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, dezembro 01, 2010

Dilma: "Lula entrará para a história como maior presidente que o Brasil já teve"







O primeiro evento oficial de governo com a presença do presidente Lula e da presidenta eleita, Dilma Rousseff, depois das eleições, foi marcado pela troca elogios. Durante a inauguração das eclusas da Usina Hidrelétrica de Tucuruí , no Rio Tocantins, no Pará, Lula afirmou que Dilma poderá fazer em quatro anos mais do que ele fez em oito. Já Dilma, afirmou que Lula entrará para a história como maior presidente que o Brasil já teve.

Em seu discurso, Lula ressaltou que Dilma assumirá o país no ano que vem com investimentos recorde e em andamento as maiores obras hidrelétricas e de ferrovias do mundo.

Dilma afirmou que a construção da Hidrelétrica de Tucuruí mostra da sensibilidade política de Lula. “Esta obra é a manifestação da sensibilidade política. O presidente Lula sabia que a eclusa abre para o Pará, para a Região Norte e para o Nordeste para oportunidade de geração de emprego e de renda. Cria oportunidade para jovens, homens e mulheres estudarem no campos avançado de Tucuruí. Essa sensibilidade que torna o presidente Lula o presidente de todos os brasileiros, principalmente daquelas regiões mais pobres do país”.

O presidente disse que as obras de Tucuruí só serão bem aproveitadas se trouxerem benefícios aos moradores do Pará e a todos os brasileiros. “Essa eclusa que inauguramos hoje, que falaram que tem não sei quantos maracanãs, elas só terão sentido se significarem a melhoria da qualidade de vida de homens e mulheres que moram nesse país. Se for apenas para os ricos passarem e não deixarem parte de sua riqueza, estaremos cometendo o mesmo erro histórico em que os ricos ficavam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres”.

De acordo com o ministério de Minas e Energia, o sistema de transposição de desnível (eclusas) construído na Hidrelétrica de Tucuruí possibilitará a utilização dos rios Tocantins e Araguaia como hidrovias de grande porte, permitindo o tráfego de comboios com capacidade de carga de 19 mil toneladas.

As eclusas de Tucuruí, que são as maiores do Brasil e uma das maiores do mundo, segundo o ministério, compõem um conjunto de tanques para elevar ou baixar embarcações em diferentes níveis. Cada um dos dois tanques mede 33 metros de largura e 210 metros de comprimento, com 44,5 metros de altura e capacidade para dar passagem a 40 milhões de toneladas de cargas por ano. De acordo com o Ministério dos Transportes, as eclusas permitirão a passagem de um comboio de até quatro barcos do tipo chatas, por elevação ou descida, em uma mesma operação.
*amigosdoPresidenteLula

Nenhum comentário:

Postar um comentário