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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, dezembro 16, 2010

O bicho tá pegando na Europa

De volta a 1968?





O bicho tá pegando na Europa, vamos ver até aonde vai a disposição da molecada. É agora ou nunca, se os neoliberais completarem suas reformas, a Europa como conhecemos não existirá mais, o que sobrou do Estado de Bem Estar Social será enterrado. Para ver imagens dos protestos, clique:

http://ww1.rtp.pt/noticias/?t=Manifestacoes-em-Italia-contra-Berlusconi.rtp&headline=20&visual=9&article=399421&tm=7


Inglaterra

 Em Londres, estudantes protestam contra aumento das propinas máximas de 3 850€ para 10 531€ e cortes nos orçamentos das universidades, que chega a atingir os 40%. Foto de Plaid, Flickr.




Príncipe Charles e sua esposa Camilla tem o carro atacado por estudantes em 9 de dezembro de 2010
Carro do príncipe Charles sendo atacado em Londres, observe o pânico do parasita




Itália






 






Grécia



Un député, et ancien ministre conservateur, a été molesté par la foule mercredi à Athènes lors de manifestations émaillées d'incidents assez violents. (Reuters) – Cliquez pour voir la photo suivante
Burocrata toma um pau da massa

Les manifestations ont rassemblé des dizaines de milliers de personnes en Grèce contre les réductions de salaires et les nouvelles mesures d'austérité prévues en 2011. (REUTERS/Yiorgos Karahalis) – Cliquez pour voir la photo suivante

Policiais enfrentam manifestantes em frente ao Parlamento grego, no centro de Atenas Leia Mais

Manifestantes arremessam coquetéis molotov em policiais, em Atenas Leia Mais

Policiais tentam escapar de fogo causa por coquitéis molotov jogados pelos manifestantes Leia Mais

En Italie, les manifestations le 14 décembre contre Berlusconi et la politique du gouvernement sont tombées dans la violence.

(REUTERS/Remo Casilli) – Cliquez pour voir la photo suivante

Des véhicules de la Garde des Finances ont brûlé près du gouvernement. C'était les pires violences à Rome depuis des années.(REUTERS/Tony Gentile) – Cliquez pour voir la photo suivante

Manifestante ameaça policial em rua de Atenas, Grécia Leia Mais



Estão falando que na França e na Alemanha também ocorrerão protestos, os estudantes mais uma vez terão a oportunidade de tocar fogo na Europa. Essa geração tem infinitamente mais a perder que a geração de 1968.

Nem todos os manifestantes são iguais



Dia de confrontos ontem em Roma. Graves confrontos.

As razões? As mesmas das outras manifestações no resto da Europa.
Nada de especial: criam-se as condições para que haja um forte descontentamento entre a população e depois, surpresa!, a população fica descontente.

Ontem houve feridos, cerca de 90, entre os demonstrantes e as forças policiais. Nenhum morto, mas foi um milagre.

E hoje é polémica.
Entre as muitas fotografias publicadas, algumas demonstram que entre os manifestantes havia agentes infiltrados. Provocadores?

Vamos ver as imagens.


Nesta primeira imagem um "normal" confronto entre manifestantes e policia. Reparem no homem à direita, com casaco castanho claro e cachecol branco..



De repente o cachecol cobre o rosto e, milagre!, aparece um bastão. Não um bastão qualquer, mas de ordenança. E o homem já não olha para a policia, mas para os manifestantes.





Na última fotografia eis que aparecem as algemas também.
E o homem fica com dúvidas: "Que faço? Continuo a cena ou começo a bater nos manifestantes?".  Acreditamos que numa situação destas não seja fácil decidir.
Entretanto, outro dos infiltrados ajuda um policia ferido.
*InformIncor

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