Evangélico afirma ter sido violentado por pastor da Quadrangular de Maceió
O pastor Luiz, o acusado, ainda não deu à imprensa a sua versão |
Luiz é da Igreja do Evangelho Quadrangular em Alagoas e vereador em Maceió pelo DEM. Rocha é também pastor, só que da Igreja Betesda. Ele disse que relatou o abuso à polícia em agosto de 2007. O caso tramita em segredo de Justiça.
Rocha contou que quando tinha 16 anos procurou Luiz para dizer que gostaria de ser pastor. “Ele disse que eu poderia ficar na igreja durante as manhãs, e eu aceitei.”
Falou que Luiz o tratava muito bem. “Me dava roupa e comida, e eu achei que isso era porque ele era um homem de Deus.”
O assédio acabou se transformando em um relacionamento homoafetivo. Em troca, Rocha ganhava “roupas e perfumes caros”.
Em 1988, Luiz convidou Rocha para morar em Maceió. “Ele disse que acabaria comigo se eu não aceitasse.”
“O Luiz me obrigava a ter relações sexuais com ele. Mas chegou a um ponto em que eu não aguentava mais e falei que iria embora”, afirmou. “Fiz um escândalo e disse que, se ele não me deixasse ir, eu contaria para a mulher dele”.
Rocha voltou para o Paraná em 1990.
Ele afirmou que não foi à polícia antes porque se sentia intimidado. “Eu era um jovem pobre, filho de empregada doméstica negra e ele era um pastor conhecido.”
Ainda agora, disse Rocha, ter de levar o caso judicial adiante é penoso. “Tive de contar para minha esposa e a família dela.” Falou estar sofrendo pressão dos advogados do pastor.
Os jornalistas procuraram Luiz para que desse a sua versão, mas não foi localizado.
No Paulopes
*comtextolivre
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