IMPÉRIO EM DECADENCIA - OFICIAIS CORRUPTOS DA OTAN DESVIAM DEZ MIL MÍSSEIS DE ALTO PODER DE FOGO
Ao menos 10 mil mísseis desapareceram na Líbia e há temores de que os armamentos tenham ido parar nas mãos da rede terrorista Al Qaeda, afirmou um oficial da Otan, a aliança militar do Ocidente, à revista alemã "Der Spiegel".
De acordo com a versão on-line do veículo, o almirante italiano Giampaolo di Paola, que dirige o comitê de chefes militares da aliança, informou a preocupação em relação ao assunto na segunda-feira passada (26) aos militares alemães responsáveis em uma reunião secreta.
Os armamentos, disse Paola, poderiam terminar em outros países e cair em mãos perigosas, em "qualquer parte, desde o Quênia ao Afeganistão". Por isso, os mísseis "representam uma grave ameaça para a aviação civil".
Um militar do CNT (Conselho Nacional de Transição, órgão político dos rebeldes líbios), o general Mohamed Adia, responsável pelo armamento do novo Ministério de Defesa, disse que cerca de 5.000 mísseis desapareceram.
"Infelizmente, alguns desses mísseis podem ter caído em mãos perigosas no exterior", afirmou.
Fonte: France Presse
*MilitânciaViva
VERGONHA E PRAGMATÍSMO DO RETROCESSO: BRASIL TENTOU ABRIR "EXCESSÕES" PARA BANIR MINAS TERRESTRES PARA AGRADAR AO IMPÉRIO
MINAS TERRESTRES - A PRAGA DO MILÊNIO |
Garoto inocente vítima da babárie provocada pelo uso minas |
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O Brasil procurou abrir “exceções” e criar uma “flexibilização” no texto final do tratado que previa o banimento de minas terrestres antipessoais, segundo revelam telegramas confidenciais do Itamaraty obtidos pela Folha.
Por meio do negociador brasileiro, José Viegas Filho (foto abaixo), atual embaixador do Brasil em Roma e ex-ministro da Defesa do governo Lula, o Brasil tentou no primeiro semestre de 1997 permitir o uso dos explosivos em “áreas estratégicas”, como regiões de fronteira. Também procurou impedir inspeções “intrusivas” para checagem dos estoques.
A posição brasileira favorecia os EUA, de olho na fronteira minada entre as Coreias, e contrariava o grupo de países que defendia a abolição completa desse tipo de arma.
As minas antipessoais explodem com o contato e matavam cerca de 26 mil pessoas por ano até então.
Em abril de 1997, ainda no governo tucano da subserviência, o Itamaraty orientou sua embaixada em Washington a procurar os EUA para oferecer as exceções ao texto do tratado. Um telegrama revela que os EUA passaram a ver o Brasil como “seu aliado nesse processo”.
Ativistas e vítimas protestam no mundo inteiro denunciando o holocausto silencioso |
Nas intervenções que fez numa reunião em Bonn, Alemanha, para discutir a verificação dos estoques de minas, Viegas disse que os mecanismos “intrusivos” seriam “supérfluos” e sugeriu “a adoção de uma abordagem "moderada" (subserviente) a esse respeito”.
Ouvido pela Folha, Viegas disse que o Brasil, no começo das negociações, tinha de fato “uma posição relativamente conservadora”, mas que acabou abandonada até o final daquele ano.
Mina Bounding Antipessoal |
Ao longo do ano, o Brasil foi mudando de posição e concordou com o banimento, no final de 1997.
Animais são vitimas naturais da monstruosidade.As vezes são usados como linha de frente e cobaias nos campos |
Viegas contou que, na segunda metade de 1997, fez um périplo pela América do Sul para convencer os países vizinhos “da conveniência recíproca e mútua” da proibição das minas.
“Consegui que concordassem que, se a decisão fosse tomada coletivamente, todos a apoiariam.”
Mulher inocente vitimada pelo plantio macábro de minas |
EVOLUÇÃO
Stephen Goose, diretor da Human Rights Watch e cofundador da Campanha Internacional pelo Banimento das Minas Antipessoais, ONG que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1997, disse à Folha que o Brasil chegou a propor uma emenda com as exceções tratadas nos telegramas, mas que essa posição “evoluiu muito bem” até o fim de 1997.
“A posição brasileira inicialmente foi muito lenta em abraçar o banimento, mas mudou até o final das negociações [...] e desempenhou um papel positivo para garantir a proibição verdadeiramente abrangente”, disse.
Gustavo Oliveira, professor de direito no Rio Grande do Sul e representante brasileiro da campanha, se disse surpreso com o teor dos telegramas. “Não sabíamos que o Brasil queria abrir exceções. É muito contrário ao espírito de todo o processo. Parece haver um pragmatismo amoral nessas negociações.”
*militanciaviva
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