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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, outubro 03, 2011

Mensalão do Alckmin: empreiteira recém-inaugurada ganha todas na secretaria do sogro

Até fevereiro de 2011, quem comandava a chefia de gabinete da Secretaria de Esportes do governo Alckmin era Miguel Del Busso (PTB/SP).

Em 15 de abril de 2010, o jovem genro de Del Busso (24 anos) fundou uma empreiteira: Construlara Construtora e Empreendimentos Imobiliários.

Neste mesmo ano de 2010, a recém-inaugurada empreiteira ganhou contratos de 11 obras em 6 prefeituras, no valor de R$ 1,3 milhão.

Todo o dinheiro vem da secretaria de Esportes do governo Alckmin, onde o sogrão dava as cartas.

Todas as obras foram sem licitação, através de cartas-convite.

O deputado estadual na Assembléia Legislativa (ALESP), Campos Machado (PTB/SP), é apontado como padrinho das emendas ao orçamento para liberação destas verbas.

Depois de mais este verdadeiro flagrante de corrupção com dinheiro público direcionado para interesses privados, no esquema de emendas da ALESP, denunciado pelo deputado Roque Barbieri (PTB/SP), o governador tucano Geraldo Alckmin continua mobilizando seu rolo compressor para abafar uma CPI, para fazer acórdãos em sessão secreta, e para não deixar fazer a faxina na corrupção demo-tucana em São Paulo.
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,obras-em-paroquias-do-ptb-favorecem-construtora,780348,0.htm?p=1


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*osamigosdopresidentelula

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