A falta que faz um par de algemas
Gilmar Mendes acusa Lula de pressão para adiar o julgamento do mensalão
Para quem viveu a euforia de ter sua mediocridade aprovada e endeusada
pela mídia corporativa, enquanto foi presidente do STF, deve ser duro o
ostracismo a que Gilmar Bacamarte Mendes está relegado.
Com o grampo sem áudio de uma suposta conversa entre ele e o senador
Demóstenes Torres (em retrospectiva, como levar a sério qualquer coisa
que envolva o hipócrita senador?) Gilmar conseguiu abalar a República.
Só que naquela época ele era o presidente do STF. Hoje é mais um entre os onze ministros.
Por que o presidente Lula (o mais popular da história do Brasil) iria
procurá-lo para adiar o julgamento do chamado "mensalão", onde Lula nem
sequer é julgado, como acusa reportagem de Veja?
Gilmar Bacamarte é um entre onze votos no STF. Foi colocado ali por FHC (Gilmar Mendes tem um retrato de FHC em sua mesa de trabalho), e sempre se comportou como adversário de Lula.
A notícia da Veja desta semana de que Lula teria procurado Gilmar Mendes
para adiar o julgamento do mensalão é tão ridícula que nem seu
blogueiro de esgoto a endossou. Pelo menos até agora (tenho o
print-screen pra provar, caso ele resolva se pronunciar).
Por isso me vem à cabeça uma frase popular: "Quem fala muito dá bom dia a cavalo".
Foi o que aconteceu com Lula ao ouvir Gilmar Mendes no falso episódio
dos grampos. E talvez tenha acontecido agora, ao dar conversa a uma
pessoa desqualificada como Mendes, que antes de cobrar alguém deveria se
explicar sobre as inúmeras acusações que lhe caem aos ombros:
Antes de cobrar alguma coisa de alguém, Gilmar Mendes tem que se
explicar sobre os motivos que levaram o advogado Piovesan a pedir seu
impeachment (Advogado pede impeachment de Gilmar Mendes por 'relações perigosas' com advogado da Globo, de Dantas...e de Gilmar Mendes).
Tem que explicar por que, embora seja proibido, há uma avenida em Goiás com o nome de Gilmar Mendes.
Tem que explicar por que Apresentador de TV da família de Gilmar Mendes defende extermínio de crianças infratoras: 'Tem que virar sabão'.
Nessas horas, eu defendo o uso de algemas, como expus aqui em 2005 (blog
antigo tem dessas coisas...), nessas pessoas que com sua cara de pau
(e o auxílio luxuoso da mídia corporativa) tentam impedir o país de
avançar, distribuir renda e riqueza para toda a população:
Algemas no Maluf
Em artigo publicado hoje na Folha, Marco Petrelluzzi, procurador da Justiça e ex-secretário da Segurança de SP, defendeu que houve arbitrariedade e abuso de poder na prisão de Paulo e Flávio Maluf.Petrelluzzi começou dizendo que sempre foi contra Paulo Maluf, a quem chega a chamar de “um dos políticos mais nocivos da história deste país”. Foi tecendo seus comentários, rodou, rodou, e acabou caindo na prisão dos dois, mais especificamente nas algemas.Para o procurador e ex-secretário, as algemas foram um abuso, e só foram colocadas no Maluf filho para serem gravadas e exibidas por uma emissora de TV. Segundo suas palavras, “as algemas não podem ser convertidas em instrumento de humilhação de ninguém”.Realmente, as algemas não precisariam ser colocadas. Assim como Flávio não precisaria ir de camburão para a PF. Também não precisaria ficar em cana, atrás das grades, gerando mais despesas e aumentando a taxa de ocupação de nossas cadeias, já tão superpovoadas. Pai e filho também não precisariam comer da gororoba que todo dia lhes é servida, nem usar a luz, o gás e a água e o telefone da PF, que são pagos por nós. Bastaria para isso que eles não tivessem praticado tudo aquilo de que são acusados - ao que parece com provas e mais provas. E mais ainda: bastaria que eles não estivessem coagindo testemunhas e atrapalhando o andamento dos processos – afinal, esses são os motivos que os levaram ao local onde se encontram agora.O caso dos Maluf, como antes o da Daslu, parece deixar certos setores de SP numa estranha irritação. Qualquer dia desses vão querer defender o sigilo da prisão. O sujeito comete o crime, é julgado, vai preso, mas ninguém pode saber disso para não “humilhar” o coitado.As algemas foram colocadas para que os corruptos saibam disso: quando forem pegos, algemas, camburão, cadeia, gororoba, grades – tudo isso, como diz o povão, “faz parte”.
O que me espanta é que o PT não saia em defesa de Lula e chame Gilmar
Mendes às falas. Em outras palavras, que o processe e obrigue a provar o
que disse.
Mas, será que eles o farão?
Estou à espera.
No Blog do MelloGilmar Mendes na Papuda, já!
Confirmado: Gilmar Mendes e a revista do crime organizado mentiram
Jobim nega pressão de Lula sobre STF para adiar julgamento do mensalão
Ex-presidente teria se encontrado com Gilmar Mendes no escritório do ex-ministro da Defesa, segundo 'Veja'
O ex-ministro da Defesa Nelson Jobim negou hoje que o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) tenha pressionado o ministro Gilmar Mendes,
do Supremo Tribunal Federal (STF), a adiar o julgamento do mensalão,
usando como moeda de troca a CPI do Cachoeira.
Reportagem da revista Cachoeira News Veja publicada
neste sábado relata um encontro de Lula com Gilmar no escritório de
advocacia de Jobim, em Brasília, no qual o ex-presidente teria dito que o
julgamento em 2012 é "inconveniente" e oferecido ao ministro proteção
na CPI, de maioria governista. Gilmar tem relações estreitas com o
senador Demóstenes Torres (sem partido, GO), acusado de envolvimento com
a quadrilha do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
"O quê? De forma nenhuma, não se falou nada disso", reagiu Jobim,
questionado pelo Estado. "O Lula fez uma visita para mim, o Gilmar
estava lá. Não houve conversa sobre o mensalão", reiterou.
...
Jobim disse, sem entrar em detalhes, que na conversa foram tratadas
apenas questões "genéricas", "institucionais". E que em nenhum momento
Gilmar e o ex-presidente estiveram sozinhos ou falaram na cozinha do
escritório, como relatou Veja. "Tomamos um café na minha sala. O tempo
todo foi dentro da minha sala, o Lula saiu antes, durante todo o tempo
nós ficamos juntos", assegurou.
Questionado se o ministro do STF mentiu sobre a conversa, Jobim
respondeu: "Não poderia emitir juízo sobre o que o Gilmar fez ou deixou
de fazer".
Procurado pelo Estado, Pertence negou ter sido acionado para que
intercedesse junto a Carmen Lúcia: "Não fui procurado e não creio que o
ex-presidente Lula pretendesse falar alguma coisa comigo a esse
respeito".
~ o ~
Nelson Jobim desmente canalhice de Veja e Gilmar Dantas Mendes
Fatos narrados pela Rádio do Moreno :
Conteúdo da conversa: ---- Não houve nada disso do que a Veja,
segundo me informaram, está publicando. Estou aqui em Itaipava e soube
desse conteúdo através de um repórter do Estadão, que me procurou há
pouco. Portanto, estou falando sem ter lido a revista. Mas, posso
assegurar que, se o conteúdo for mesmo esse, o de que Lula teria pedido a
Gilmar para votar no mensalão, não é verdade. Quem tocou no assunto
mensalão fui eu, no meio da conversa, fazendo a seguinte pergunta: " Vem
cá, essa coisa do mensalão vai ser votada quando?". No mais, a
conversa girou sobre assuntos diversos da atualidade."
Razão do encontro: ' ---- Desde que deixei o ministério, o presidente
Lula tem me prometido uma visita. Três dias antes, a assessora Clara
Ant me ligou dizendo que o presidente Lula iria a Brasília conversar com
a presidente Dilma numa quarta-feira e que retornaria no dia seguinte,
mas antes queria falar comigo. De pronto, respondi que o encontro
poderia ser na minha casa, no meu escritório ou em qualquer outro lugar
que o presidente quisesse. Lula optou pelo meu escritório, não só
porque tinha prometido conhecê-lo, mas, também, porque fica perto do
aeroporto. E assim ocorreu."
Presença do Gilmar --- O Gilmar e eu estamos envolvidos num projeto
sobre a Constituição de 88 e temos nos reunidos sistematicamente para
tratar do assunto. Por coincidência, o Gilmar estava no meu escritório,
quando o presidente Lula apareceu para a visita. Conversaram cerca de
uma hora, mas só amenidades. Em nenhum momento, Lula e Gilmar
conversaram na cozinha. Aliás, Lula não esteve na cozinha do escritório.
Repercussões do fato --- Agora, não posso controlar as versões,
especulações, que a mídia e as pessoas fazem desse encontro. Faz parte
do jogo. O que eu posso dizer é que não houve nada disso.
No final o Moreno tenta justificar o salário pago pelo O Globo, mas não convence nem o Policarpo Júnior.
*comtextolivre
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