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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, maio 26, 2012

Cabo de fibra ótica venezuelano chega a Cuba

Opera Mundi
Marina Terra | Redação

Venezuela afirma que cabo de fibra ótica para Cuba está operando
Com isso, país caribenho terá acesso mais fácil à internet, sem precisar utilizar a telefonia via satélite


O governo da Venezuela informou que o o cabo de fibra ótica submarino conectado com Cuba está em funcionamento. Isso significa que o país caribenho, antes dependente da telefonia via satélite, poderá acessar a internet com mais facilidade e rapidez. O embargo dos Estados Unidos impedia que Cuba ligasse cabos a outros países.
O ministro venezuelano do Poder Popular para a Ciência, Tecnologia e Inovação, Jorge Arreaza, lembrou nesta quinta-feira (24/05) que o projeto, que custou 70 milhões de dólares, tem um ano e soma 600 quilômetros de cabo da Venezuela até a ilha, tento ainda outros 236 quilômetros até a Jamaica.
"Agora basta Cuba acionar o cabo. É um país soberano, eles decidirão quando isso irá acontecer", sublinhou. Ele também destacou que a capacidade do cabo submarino é de 640 gigabytes por segundo. O projeto foi executado pela empresa francesa Alcatel-Lucent.
Em coletiva de imprensa em Caracas, Arreaza recordou que a Venezuela já tem conexão por meio dessa tecnologia com Colômbia, Brasil e o Caribe. "Na Venezuela, o cabo submarino nos permite novas conexõe e alimentar as redes internas de fibra ótica."

* Com informações da AVN (Agência Venezuelana de Notícia) e CubaDebate

*esquerdopata

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