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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, maio 31, 2012

“Mentiroso, hipócrita, irresponsável, ex-senador"



DEMÓSTENES TORRES É HUMILHADO NA CPI DO CACHOEIRA; "O SR. NÃO VAI PARA O CÉU, QUE NÃO É LUGAR DE MENTIROSO", ATACOU DEPUTADO SILVIO COSTA; PEDRO TAQUES FEZ QUESTÃO DE ORDEM E VITAL DO REGO RESOLVEU ENCERRAR SESSÃO; DEPOIS DE FALAR POR CINCO HORAS NA COMISSÃO DE ÉTICA, TORRES ARGUIU DIREITO CONSTITUCIONAL DE FICAR CALADO; MEDROU?

247 – A confusão está instalada. O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), que apresentou uma defesa de cerca de cinco horas no Conselho de Ética do Senado, nesta semana, disse que ficará em silêncio nesta manhã, durante a sessão da CPI do Cachoeira. A atitude revoltou os parlamentares presentes. Demóstenes alegou já ter falado ao Conselho de Ética, e por isso, deveria se calar, conforme orientação de seu advogado, Kakay.
O primeiro a tomar a palavra foi o deputado federal Luiz Pitiman (PMDB), que criticou a atitude do senador. "Sua maneira de agir não contribui em nada. É muito ruim para o Congresso ter um senador que quer ficar calado. Não é o senhor que não tem nada a responder, sou eu que não tenho nada a perguntar".
Em seguida, o deputado Silvio Costa (PTB-PB) tomou a palavra e humilhou Demóstenes. Aos gritos, o petebista o chamou de "ex futuro senador", além de "mentiroso e hipócrita". "O senhor não vai para o céu, que não é lugar de mentiroso", completou. Por conta da imensa confusão que se tornou a reunião, o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PE), decidiu por encerrar a sessão desta quinta-feira, que durou cerca de dez minutos.
MENINOS, EU VI!!
*Ajusticeiradeesquerda

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