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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, maio 27, 2012

Chico, como você permitiu a sua linda "Banda" ser transformada em "Duas laranjas no cabelo"?

Não acredito que tenha sido por dinheiro.

Duas laranjas no cabelo (France Gall) A Banda, de Chico, em alemão - texto original em alemão embaixo. (tradução livre)

La la la ...

Duas laranjas no cabelo

nos quadris bananas

que Rosita usa desde hoje

Combinando com um vestido de côco.

Sim, certamente ainda neste ano

já se pode suspeitar

usará o mundo da moda

o que agrada a Rosita.

Quando alguém no México,à noite for ao Carnaval porque é onde tudo

tudo

tudo em torno do Carnaval de move.

Cada um diz que ela vai para Ravenita

Pois lá dança Rosita a música A Banda.

E todos aplaudem com entusiasmo

porque quando a Rosita dança todos sabem

que o que hoje ela veste e como ela dança será moda.

A Banda chegou

A Banda chegou sim.

La la la ...

Duas laranjas no cabelo

nos quadris bananas

que Rosita usa desde hoje

Combinado com um vestido de côco.

Sim, certamente ainda neste ano

já se pode suspeitar

usará o mundo da moda

o que agrada a Rosita.

E todos na cidade dizem oh la la la

tal moda como A Banda

que não existia

De côco serão todos os vestidos

O jogo continua

A banda está lá.

La la la ...

Duas laranjas no cabelo

nos quadris bananas

que Rosita usa desde hoje

Combinado com um vestido de côco.

Sim, certamente ainda neste ano

já se pode suspeitar

usará o mundo da moda

o que agrada a Rosita.

La la la ...

Sim, certamente este ano

que hoje já se pode suspeitar

carrega o mundo da moda

que era como Rosita.

La la la ...



Zwei Apfelsinen Im Haar

La la la ...

Zwei Apfelsinen im Haar

und an den Hüften Bananen

daß trägt Rosita seit heut'

zu einem Kokusnußkleid.

Ja sicher noch dieses Jahr

daß kann man heute schon ahnen

trägt die modische Welt

daß was Rosita gefällt.

Wenn man in Mexiko am Abend zum Carneval geht

weil sich dort alles

alles

alles um Carneval dreht.

Sagt einem jeder gehn sie zu Ravenita

denn dort tanz Rosita zur Musik A Banda.

Und vor Begeisterung klatscht jeder die Hände sich heiß

denn wenn Roita tanzt ein jeder sofort von ihr weiß

was sie heut' trägt und wie sie tanzt das ist Mode.

A Banda ist da

ja A Banda ist da.

La la la ...

Zwei Apfelsinen im Haar

und an den Hüften Bananen

trägt Rosita seit heut'

zu einem Kokusnußkleid.

Ja sicher noch dieses Jahr

daß kann man heute schon ahnen

trägt die modische Welt

daß was Rosita gefällt.

Und alle Leute in der Stadt sagen oh la la la

so eine Mode wie A Banda

die war noch nicht da

aus Kokusnüssen werden überall Kleider

das Spiel es geht weiter

A banda ist da.

La la la ...

Zwei Apfelsinen im Haar

und an den Hüften Bananen

trägt Rosita seit heut'

zu einem Kokusnußkleid.

Ja sicher noch dieses Jahr

daß kann man heute schon ahnen

trägt die modische Welt

daß was Rosita gefällt.

La la la ...

Ja sicher noch dieses Jahr

daß kann man heute schon ahnen

trägt die modische Welt

daß was Rosita gefällt.

La la la ...
*Brasilmostraatuacara

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