Tribunal paulista afasta um desembargador acusado de corrupção e preserva outros três
Carlos Newton
Por
13 votos contra 12, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São
Paulo decidiu afastar o desembargador Alceu Penteado Navarro de suas
funções de presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-SP),
o maior do país, com um colégio de 30,6 milhões de eleitores.
Para
o presidente do TJ-SP, desembargador Ivan Santori, que propôs a ação
cautelar contra Navarro, a decisão tomada pelo Órgão Especial implica
também no afastamento imediato de outras atividades da magistratura.
No
entanto, o Órgão Especial decidiu, também, pelo não afastamento dos
desembargadores Fábio Monteiro Gouvea e Vianna Cotrin. Os três, Navarro,
Gouvea e Cotrin, integraram a Comissão de Orçamento do TJ-SP entre 2008
e 2010. Naquele período, eles autorizaram a si próprios pagamentos de
quantias milionárias a título de verbas acumuladas de férias e licença
prêmio.
Para o presidente do TJ-SP, existem
“fortes indícios” de que os três, em concluio, praticaram uma série de
atos ilícitos. Mesmo assim, não foram afastados.
E o pior é que, como se sabe, a punição de juiz corrupto é aposentadoria com salário integral. Muito edificante.
*GilsonSampaio
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