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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, julho 10, 2012

Maconha pode ser usada no tratamento da obesidade, descobrem pesquisadores


maconha obesidade

Embora a cannabis seja mais conhecida por induzir a fome nas pessoas que fumam, foram encontrados dois compostos que provocam o efeito de suprimir o apetite.


Original: The Telegraph 


Pesquisadores ingleses descobriram dois componentes da folha da maconha que podem aumentar a quantidade de energia queimada pelo corpo humano. A descoberta pode fazer da Cannabis sativa um remédio contra doenças ligadas à obesidade, segundo informações do jornal britânico The Telegraph.


Testes em animais já mostraram que estes componentes podem ajudar a tratar diabetes tipo dois, ao mesmo tempo em que ajudam a reduzir os níveis de colesterol na corrente sanguínea e de gordura em órgãos importantes, como o fígado.


Os cientistas estão agora realizando testes em 200 pacientes na esperança de produzir uma droga que possa ser usada por quem sofrem de “síndrome metabólica”, quando diabetes, pressão alta e obesidade combinam-se para aumentar o risco de doenças cardíacas e infarto. 


O médico Steph Wright, diretor de pesquisa e desenvolvimento da GW Farmacêutica, empresa que está produzindo a droga, espera resultados ainda este ano. Ele afirma que os testes em animais estão “nos encorajando muito”. 


O uso recreativo da maconha é ilegal na Inglaterra, porém a GW Farmacêutica ganhou uma licença do governo para cultivar a planta em estufas especialmente construídas em uma instalação secreta no sul do país. 


A empresa produz plantas de cannabis que foram criadas para expressar quantidades diferentes de compostos conhecidos como canabinóides. Eles também conduzem o desenvolvimento de drogas que podem ser usadas para tratar a esclerose múltipla e epilepsia. 


Embora a cannabis seja mais conhecida por induzir a fome nas pessoas que fumam, aquela larica que nos faz destruir a geladeira, foram encontrados dois compostos que provocam o efeito de suprimir o apetite. Este efeito dura apenas um curto período de tempo, no entanto. 


Ao analisar mais de perto, os cientistas descobriram que os compostos também tiveram um impacto sobre o nível de gordura no corpo e da sua resposta à insulina, um hormônio que controla os níveis de açúcar no sangue. 


Testes em ratos mostraram que os compostos aumentaram o metabolismo dos animais, levando a níveis mais baixos de gordura em seus fígados e colesterol reduzido em sua corrente sanguínea. 


O THCV também foi se destacou por aumentar a sensibilidade à insulina animais protegendo também as células que produzem insulina, o que lhes permite funcionar melhor e durante mais tempo. Isto aumentou as esperanças de que as drogas podem ser desenvolvidas em tratamentos de doenças relacionadas com a obesidade e diabetes tipo 2. 


O professor Mike Cawthorne, diretor de pesquisa metabólica da Universidade de Buckingham, que vem realizando os estudos com animais, disse: “No geral, parece que estas moléculas aumentam o gasto energético nas células do corpo, aumentando o metabolismo.”


do blog Pragmatismo Politico
*cutucandodeleve

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