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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, novembro 12, 2012

Freire, ideólogo da direita

Freire é sobretudo um político profissional. tem que se eleger porque deputança é seu emprego. Mesmo que para isto troque Pernambuco por SP, ou até pela Ilha de Marajó. Isto eu compreendo. Sou um profissional também, e tenho que trabalhar onde arranjar vaga, embora eu seja menos artista que o "artista" citado.
Mas...
O Perigo de Roberto Freire é que até então não havendo denuncia de corrupção contra ele, sua postura é ideológica.
Um bom orador, com ideologia da Esquerda que passa para a Direita caminha para o fascismo, veja Mussolini e Caros Lacerda.
É o caminho natural para os da classe média com tendências autoritárias e fascistas - este sempre foi o comportamento de Freire no Partido.
É o discurso ideal que serve para alavancar Direitistas, corruptos ou não.
Freire me envergonha. Não tenho vergonha do meu passado com ele nos quadros do meu Partido , o PCB, mas tenho vergonha alheia pelo que ele se transformou.
No tempo de Carlos Lacerda cunhou-se um termo que identificava o "Corvo do Guanabara" : "Carreirista da Traição".
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