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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, novembro 20, 2012

PARA OS RÉUS DO MENSALÃO,PUNIÇÃO E PARA GOVERNADOR TUCANO, PRIVILÉGIO CONCEDIDO PELO STF


SUPREMA DUBIEDADE E INTROMISSÃO - MARCO AURÉLIO MELLO LIVRA A CARA DE MARCONI PERILLO


O mesmo STF que considerou como válidas as provas e depoimentos colhidos na CPI dos Correios, e deu a isso peso suficiente para se sobrepor a muito dos depoimentos colhidos à luz do contraditório, boa parte deles simplesmente ignorados e que favoreciam Réus na Ação Penal 470, se manifesta agora pela 'caneta' do Ministro Marco Aurélio Mello e concede um livramento ao governador Marconi Perillo (PSDB-GO), desobrigando-o de comparecer perante a CPMI. A decisão do Ministro Marco Aurélio Mello equivale a uma manifestação completa de desmoralização das CPIs, que caso venha ser confirmada posteriormente pelo conjunto de ministros do SUPREMO, VAI POR UMA PÁ DE CAL NESSE INSTRUMENTO INVESTIGATIVO.


Assanhada, a defesa de Perillo quer mais. Querem os seus advogados, que Perillo não possa ser investigado e nem indiciado pela CPMI. Talvez seja essa esse o primeiro teste para se ver se o STF mudou mesmo, e agora vai ser "durão" com a corrupção. A julgar pela decisão de Marco Aurélio Mello, foi só um ESPASMO para 'exemplar' alguns. O rigor não deverá no futuro servir para todos.
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O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu na manhã desta segunda-feira, 19, liminar para que o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, não seja obrigado a comparecer a uma convocação da CPI do Cachoeira. Mas a defesa do governador goiano quer usar essa mesma decisão para livrá-lo de um eventual indiciamento no relatório final da comissão parlamentar, que será apresentado na quarta-feira, 21, pelo deputado federal Odair Cunha (PT-MG).

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