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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, janeiro 19, 2013

JOAQUIM BARBOSA FOI O HERÓI DA GLOBO EM 2012 _+_ Flagra Imperdível ! Índio desmente a GLOBO no meio da reportagem.

Presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa é escolhido "Personalidade do Ano" de 2012 e classificado na primeira página de "ministro para a História" por ter conduzido aquilo que O Globo, ao longo de todo o ano passado, chamou de "julgamento para a História"; Ayres Britto, que se aposentou, também mereceu uma homenagem, numa escolha previsível patrocinada pela Firjan

19 DE JANEIRO DE 2013 

247 - Quem foi o grande herói de 2012? Para as Organizações Globo, não resta a menor dúvida. Seu nome é Joaquim Barbosa, que foi escolhido "Personalidade do Ano" de 2012, por ter conduzido aquilo que o jornal da família Marinho classificou ao longo de todo o ano passado de "julgamento para a História". Na primeira página do jornal, Barbosa é chamado de "ministro para a História".

A escolha do jornal foi feita pelos jornalistas Merval Pereira, Miriam Leitão, Aluizio Maranhão, Ascânio Seleme, Luiz Antonio Novaes e Luiz Garcia. Quem também foi votou foi o patrocinador do prêmio: Eduardo Eugênio Gouveia Vieira, presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, "imperador" que se perpetua no cargo há duas décadas. "Sua inflexibilidade com a moralidade pública conquistou corações e mentes. O destaque no julgamento deu ao ministro popularidade pouco comum para o cargo ocupado: chegou a ser lembrado em pesquisa de intenções de voto como possível candidato para a Presidência da República".

Do STF, também mereceu uma homenagem do Globo o ministro Carlos Ayres Britto, ex-presidente da corte, por ter conseguido colocar a Ação Penal 470 em pauta no ano passado. "Foi uma decisão fundamental colocar o processo em julgamento. No começo, não foi fácil. Mas, conversa vai, conversa vem, todos acabaram concordando". Na economia, foi premiada Graça Foster, presidente da Petrobras, pela política de redução de custos na companhia. No esporte, José Roberto Guimarães, técnico da seleção feminina de vôlei, ouro em Londres. No cinema, Selton Mello, pelo filme "O Palhaço" e, na televisão, Adriana Esteves, pelo sucesso em Avenida Brasil.

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/91058/Joaquim-Barbosa-foi-o-her%C3%B3i-da-Globo-em-2012.htm
*Ajusticeiradeesquerda

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